Banco Central reforça segurança digital e permitirá bloqueio de novas chaves PIX

O Banco Central anunciou uma nova funcionalidade que promete ampliar a segurança dos usuários do. A instituição lançará, nas próximas semanas, uma ferramenta que permitirá aos clientes bloquear a criação de novas chaves PIX em seus nomes — uma medida inédita voltada à prevenção de fraudes e golpes digitais.

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O anúncio foi feito pelo chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, que detalhou o funcionamento do recurso. De acordo com ele, a novidade será integrada ao Registrato, plataforma do Banco Central que reúne informações financeiras dos cidadãos, incluindo contas bancárias, empréstimos, operações de câmbio e chaves PIX cadastradas.

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A ferramenta permitirá que o usuário ative, de forma voluntária, um bloqueio para impedir o registro de novas chaves vinculadas ao seu CPF. A ideia é reduzir significativamente o risco de fraudes de identidade, especialmente em casos de tentativas de abertura indevida de contas.

O modelo seguirá a lógica de outro serviço que o Banco Central planeja lançar em dezembro: a possibilidade de o cidadão sinalizar aos bancos que não deseja a abertura de novas contas em seu nome — sejam correntes, de poupança ou de pagamento.

“No Registrato, no começo de dezembro, haverá uma funcionalidade que a gente pode assinalar e proibir abertura de contas no seu nome. Se quiser de fato abrir uma conta, comunique ao Banco Central, e volta no Registrato, aperta o botão e não permite abertura de conta. A gente vai fazer isso para chave PIX também em breve”, explicou Breno Lobo.

A medida integra um pacote de ações recentes voltadas ao fortalecimento do ecossistema do PIX contra fraudes e golpes. Em outubro, o Banco Central implementou o bloqueio automático de chaves suspeitas, identificadas pelas próprias instituições financeiras como possíveis instrumentos de uso indevido.

Segundo dados da autoridade monetária, mais de 245 milhões de chaves PIX foram excluídas nos últimos meses por instituições financeiras e usuários. Os principais motivos incluem erros de digitação, problemas de grafia, morte do titular, mudança de agência e pedidos voluntários de exclusão.

Além disso, desde outubro, os bancos e instituições financeiras passaram a ser obrigados a oferecer um botão de contestação diretamente nos aplicativos. Esse mecanismo permite que o cliente questione uma transação suspeita sem precisar recorrer ao atendimento humano, agilizando o bloqueio de valores e a análise do caso.

Com a nova camada de proteção anunciada, o Banco Central busca fortalecer a confiança do público no PIX, ampliando a segurança contra a criação indevida de contas e chaves. A ação também reforça o compromisso da autoridade monetária em acompanhar a evolução das fraudes eletrônicas no país, garantindo maior controle e transparência ao sistema financeiro digital.

No contexto atual, em que o PIX se tornou um dos principais meios de pagamento do Brasil e movimenta bilhões de reais diariamente, a novidade representa um avanço importante para a segurança digital dos usuários e a integridade do sistema financeiro. A expectativa é de que a medida ajude a reduzir o número de golpes e aumente a percepção de confiança entre os correntistas.

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