O Ibovespa encerrou em leve alta nesta segunda-feira, em uma sessão com volume extremamente baixo, devido ao feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos, e com investidores globais voltando suas atenções para cerimônia de posse do presidente eleito, Donald Trump, com mandatário prometendo “era de ouro” no país neste início de novo mandato.

O índice Bovespa terminou com alta de 0,41%, aos 122.855 pontos. O volume ficou em R$ 8,2 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Os vértices da curva de juros encerraram em firme queda de até 14 pontos-base, com ênfase na cauda longa, em sessão sem referência das Treasuries yields. O dólar à vista fechou em queda de 0,38%, a R$6,0420. Ao fim do dia, em uma cesta de 23 divisas vistas pela Mover, 19 avançavam ante o dólar.

O índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, recuava 1,2% ao fim do dia, aos 108,0 pontos – menor patamar desde 7 de janeiro, com operadores favorecendo leitura de que governo eleito não irá impor, imediatamente, tarifas comerciais ante parceiros dos EUA.

“Muitas pessoas pensaram ser impossível para mim ensaiar um retorno político tão histórico. Mas, como você vê hoje, aqui eu estou. O povo americano falou”, disse Trump, também prometendo enfrentar um “establishment radical e corrupto” em suas falas iniciais.

Embora não tenha oferecido muitos detalhes de planos econômicos, via ordens executivas, que devem ser assinadas em breve, Trump prometeu agir para restaurar a “credibilidade” do governo.

“A partir deste dia em diante, nosso país florescerá e será respeitado novamente ao redor do mundo. Seremos a inveja de cada nação, e não permitiremos que tirem vantagem de nós em mais nenhum momento”, afirmou Trump. Ele disse ter sido “salvo por Deus” para tornar os EUA “grandes novamente”.

Trump também afirmou que irá tarifar e taxar países estrangeiros para “enriquecer cidadãos norte-americanos”, enquanto relato do The Wall Street Journal nesta manhã aponta para gradualismo na imposição de tarifas.

De acordo com publicação, Trump direcionará agências governamentais, via memorando, a estudarem déficits comerciais, manipulação de câmbio, etc entre EUA e parceiros comerciais em um primeiro momento. De acordo com a publicação, posteriormente, as agências serão instruídas a fornecerem “recomendação de ações” a Trump, como resultado dos estudos.

“Ainda que Trump não tenha especificado, está muito claro que quando ele diz que os EUA irão ser um grande fabricante de automóveis, ele está tratando de tarifas. Então, se ele impuser no dia 1, dia 5 ou dia dez, não tenho certeza se fará grande diferença”, afirmou o chefe de estratégia para moedas da Bannockburn Global Forex, Marc Chandler, à Reuters.

Trump afirmou que irá emitir ordens executivas para enfrentar uma “inflação recorde”, citando declaração de “emergência energética nacional” a qual, dentre outros pontos, irá revogar mandato para veículos elétricos por parte de montadoras. Também de acordo com ele, os EUA irão se retirar do acordo climático de Paris.

Lula, via “X”, cumprimentou Trump pela posse, e disse estar “certo” de que Brasil e EUA seguirão avançando em parcerias históricas, como de comércio e ciência, bem como avançar em outras. “Desejo ao presidente um mandato exitoso, que contribua para a prosperidade e o bem-estar do povo dos Estados Unidos, e um mundo mais justo e pacífico.”

Também no front político, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente Lula estabeleceu metas de entrega para cada ministro alcançar em 2025, além de pontuar que Lula não tomou decisões em relação a uma reforma ministerial, por seguir refletindo acerca do tema. As falas ocorreram ao fim da reunião ministerial do presidente da República.

Também de acordo com ele, o “compromisso fiscal” é do presidente da República, que seguirá com essa agenda. De acordo com Costa, o governo fará o que for necessário, em qualquer momento, para garantir o equilíbrio das contas públicas e o cumprimento do arcabouço fiscal.

Mais cedo, mediana de projeções da Focus apontou para avanço das expectativas da inflação ao fim de 2025, a 5,08%, ante 5,0%, no décimo quarto avanço semanal consecutivo. Enquanto para 2026, a mediana foi a 4,10%, ante 4,05%, no quarto avanço semanal consecutivo.

O mercado tambem repercutiu o relatório do Itaú Unibanco, que elevou suas projeções para a taxa Selic em 15,75% ao fim de 2025, de 15% anteriormente, apontando para a desancoragem adicional das expectativas de inflação e maior deterioração do real no último mês. Para os analistas a Selic deve atingir esse pico ainda no primeiro semestre deste ano.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram as PN do Itaú, as ON da Weg e da Petrobras, que subiram 0,96%, 1,77% e 0,72%, respectivamente.

Entre as principais altas do Ibovespa, destaque para as PNA da Braskem, as ON do Assaí e da Yduqs, que avançaram 8,45%, 4,81% e 3,61%, respectivamente.

Na ponta negativa, destaque para as ON da Brava, da Cosan e as PN da Raízen, que recuaram 6,43%, 6,34% e 5,39%, nesta ordem.

No mercado de commodities, os futuros do petróleo Brent operavam em queda de 1,05% a US$79,94 ao fim do dia, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, foi empossado pela segunda vez no cargo e disse que declararia imediatamente uma emergência energética nacional, prometendo abastecer reservas estratégicas e exportar energia americana para todo o mundo.

Em discurso inaugural de Posse, Trump afirmou que irá declarar “emergência energética nacional”, em um esforço para extração adicional de petróleo e gás, como forma de atenuar a leitura de inflação nos EUA. Em sua visão, a “crise inflacionária” vivenciada pelos EUA decorreu de “gastos maciços e escalada de preços de energia”. Trump, inclusive, utilizou a expressão “drill, baby, drill”.

De acordo com a Barron’s, Trump deve eliminar restrições à produção de petróleo no Alaska, como forma de reverter banimento recente de Biden à exploração de petróleo em águas offshore.

Os preços futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian avançaram 0,13%, na última madrugada encerrando o oitavo pregão consecutivo em alta, já que a potencial redução das tensões entre China e Estados Unidos impulsionou o sentimento do mercado, embora as preocupações com a lentidão do setor imobiliário chinês tenham limitado a valorização.

Ainda no país asiático, na véspera, o Banco do Povo da China (PBoC) deixou as taxas de empréstimo de referência inalteradas pelo terceiro mês consecutivo, conforme esperado, já que o enfraquecimento do iuan tem limitado os esforços de afrouxamento monetário de Pequim.

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   A CSN anunciou que interrompeu a produção do alto-forno 2 da usina de Volta Redonda (RJ) para manutenção programada. Saiba mais…

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   A construtora Eztec elevou suas vendas líquidas em 89,6% no quarto trimestre no comparativo anual, período que também marcou o retorno da companhia, que tem foco no alto padrão, ao segmento de menor renda, com um lançamento na zona sul da capital paulista. Saiba mais…

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   A Prio, que completa dez anos neste mês, tem planos de participar pela primeira vez este ano de um leilão de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A licitação está prevista pelo governo para junho e o foco da petroleira será buscar blocos próximos aos seus ativos. Com isso, a empresa espera aproveitar a sinergia entre as suas operações. A companhia também tem interesse na fatia da Equinor no campo de Peregrino, onde adquiriu 40% participação no ano passado. Saiba mais…

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   A Raízen anunciou que vai encerrar a operação recorrente de sua planta piloto de etanol de segunda geração localizada no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba, no interior de São Paulo. Saiba mais…

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   O conselho da Randon aprovou a compra da empresa norte-americana AXN Heavy Duty, sediada em Louisville, pela subsidiária indireta da companhia nos Estados Unidos, a Randon Auto Parts. Saiba mais…

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   A venda potencial da Kimberly-Clark de seu negócio internacional de papel tissue (papéis e lenços) atraiu o interesse de empresas como a Royal Golden Eagle, a brasileira Suzano e a Asia Pulp & Paper, de acordo com pessoas familiarizadas com a situação ouvidas pela Bloomberg News. Saiba mais…

   Vibra Energia (VBBR3)

   A Comerc Energia, controlada da Vibra Energia, aprovou o aumento do capital social da companhia, em R$ 1,5 bilhão, mediante a emissão de 161.985.792 ações ordinárias pela empresa. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)