Os mercados asiáticos fecharam com recuos generalizados na sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, influenciados por fatores globais e domésticos. A proximidade da divulgação do relatório de empregos nos Estados Unidos aumentou a cautela entre os investidores, enquanto a contínua desaceleração econômica da China gerou apreensão adicional. Além disso, o fortalecimento do dólar e a possível intervenção do Banco do Japão (BoJ) para estabilizar o iene intensificaram a volatilidade nos mercados da região.
No Japão, o Nikkei 225 e o Topix recuaram 1,05% e 0,80%, respectivamente. O setor de varejo foi particularmente impactado, refletido na queda de quase 8% das ações da Fast Retailing, controladora da Uniqlo, apesar dos bons resultados no primeiro trimestre.
A incerteza em relação às políticas do Federal Reserve (Fed) e do BoJ reforçou a postura de cautela dos investidores, enquanto os gastos reais das famílias no Japão caíram 0,4% em relação ao ano anterior, marcando o quarto mês consecutivo de retração. Economistas esperavam um declínio de 0,6%, mas ainda assim o dado real representa um obstáculo para o Banco do Japão (BoJ), que busca alcançar um “ciclo virtuoso” de aumento de salários e preços.
Dados oficiais apontam que a despesa média mensal por família ficou em 514.409 ienes (US$ 3.252,98), um aumento de 0,7% em termos reais em relação ao ano anterior, mas insuficiente para reverter as tendências negativas de consumo.
Na China, o Shanghai Composite recuou 1,33%, devido ao enfraquecimento do yuan e às crescentes preocupações com deflação. O índice também foi pressionado pela suspensão das compras de títulos do governo pelo Banco Popular da China. Empresas como Sunac China despencaram 26%.
O Hang Seng de Hong Kong caiu 0,92%, com perdas nos setores imobiliário e de tecnologia.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,24%, interrompendo uma sequência de cinco altas consecutivas. Os setores de tecnologia e baterias foram os principais responsáveis pelas perdas, enquanto a Hyundai Motor e sua afiliada Kia contrariaram a tendência e subiram, devido a uma parceria com a Nvidia.
Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,42%. As ações de tecnologia, energia e bancos lideraram as perdas, influenciadas por dados fracos de vendas no varejo e pela reavaliação das expectativas de corte de taxas de juros. Na Nova Zelândia, o índice S&P/NZX 50 registrou queda de 0,37%.
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