Philips mantém otimismo apesar de cenário desafiador na China com foco anticorrupção

A Philips (NYSE:PHG) vem enfrentando um contexto de menor demanda na China em meio às intensas ações anticorrupção promovidas pelo governo local, o que tem impactado diretamente a receita de diversas empresas ocidentais do setor de saúde.

Em entrevista à Reuters, o CEO da Philips, Roy Jakobs, ressaltou que as iniciativas de fiscalização e auditoria estão mais presentes, afetando processos de compra e negociação de equipamentos médicos e produtos de saúde no país.

Segundo Jakobs, há também fatores externos que podem aumentar a volatilidade do mercado chinês, como possíveis mudanças em políticas comerciais dos Estados Unidos.

Ele recordou declarações do presidente eleito Donald Trump sobre possíveis novas tarifas de importação, ressaltando a importância de acompanhar de perto essas movimentações para mitigar riscos e manter a competitividade no maior mercado asiático.

Olhando para os resultados, a receita chinesa da Philips já representou mais de 13% do faturamento global, mas atualmente caiu para cerca de 10%, em parte devido ao crescimento mais lento na região.

O cenário para 2025 permanece com desafios, pois a campanha anticorrupção tem prolongado o clima de incerteza, reduzindo temporariamente as oportunidades de venda de produtos médicos avançados e soluções de diagnóstico.

Jakobs reconhece o impacto da redução das vendas, e projeta que a China constituirá cerca de 10% de sua receita no futuro próximo. Apesar disso, a manutenção da perspectiva da companhia de 18 bilhões de euros em receitas totais em 2024, demonstra resiliência e confiança em uma recuperação gradual. Os resultados serão liberados em fevereiro.

Os diálogos recentes de Jakobs com autoridades chinesas revelam uma predisposição positiva ao investimento estrangeiro, desde que se mantenham compras justas e transparentes.

A Philips também é negociada na B3 através da BDR (BOV:PHGN34).