Starbucks divulga resultados do 1º trimestre melhores que as estimativas sob a liderança de Brian Niccol

Após o fechamento do mercado de terça-feira, 28 de janeiro de 2025, as ações da Starbucks (NASDAQ:SBUX) reagiram com uma alta de 2,5% à apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre fiscal encerrado em 29 de dezembro de 2024.

A Starbucks também é negociada na B3 através da BDR (BOV:SBUB34). As BDRs haviam fechado em alta de 0,31%, cotadas a R$ 588,37 reais.

A rede de cafeterias revelou uma receita consolidada de US$ 9,4 bilhões, praticamente estável em comparação ao mesmo período do ano anterior. O trimestre marcou os primeiros passos da iniciativa “De Volta à Starbucks”, pretendendo reposicionar a marca globalmente e criar uma experiência mais acolhedora para clientes e parceiros.

Em termos operacionais, a margem do trimestre recuou para 11,9% devido ao aumento de gastos com salários, benefícios e suporte aos parceiros de loja, além da remoção da taxa extra para opções de leite sem lactose.

Enquanto isso, o lucro por ação (EPS) ficou em US$ 0,69, abaixo do exercício anterior, mas de acordo com os altos investimentos que a companhia vem fazendo para resgatar o valor de marca e a satisfação dos clientes.

No mercado norte-americano, as vendas comparáveis recuaram 4%, resultado de menos transações compensadas parcialmente por um tíquete médio mais elevado. A empresa abriu 377 novas lojas globalmente no trimestre, concluindo esse período com 40.576 unidades ativas, das quais 53% são administradas diretamente e 47% são licenciadas. Estados Unidos e China somam, juntos, 61% desse portfólio.

Do lado internacional, houve redução de 4% nas vendas comparáveis, puxada por queda no tíquete médio e no fluxo de clientes em lojas como as da China, onde a diminuição atingiu 6%. Ainda assim, a companhia adicionou 9% em novas lojas operadas diretamente no segmento internacional nos últimos 12 meses, além de ter integrado novas unidades adquiridas no Reino Unido.

As expectativas dos analistas monitorados pela FactSet eram lucro 67 centavos por ação, receita de US$ 9,32 bilhões e queda de 5,5% nas vendas nas mesmas lojas, estimativas que a empresa superou.

A fidelidade do programa Starbucks Rewards seguiu firme, 34,6 milhões de membros ativos nos EUA. Os carregamentos de cartões Starbucks alcançaram US$ 3,5 bilhões no trimestre, mantendo a marca na segunda posição entre cartões-presente mais vendidos por lá.

A reestruturação do novo CEO da Starbucks, Brian Niccol, tem como objetivo promover o engajamento do público, com benefícios e uma experiência de loja aprimorada, como canecas de cerâmica e um ambiente mais acolhedor.

A Starbucks reforçou sua nova declaração de missão, anunciou mudanças no Código de Conduta do Coffeehouse e detalhou planejamentos para possíveis ajustes em sua estrutura de suporte.

Embora os cortes de custos e a reorganização interna representem desafios, a Starbucks mantém o compromisso de distribuir dividendos ininterruptamente há 59 trimestres.