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Ambev (ABEV3): lucro líquido de R$ 5,024 bilhões no 4T24, crescimento de 11%

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A Ambev apresentou lucro líquido de R$ 5,024 bilhões no quarto trimestre de 2024, crescimento de 11% frente ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, o lucro somou R$ 14,8 bilhões, queda de 0,8% frente a 2023.

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A companhia destaca que o lucro ajustado teve alta anual de 7,5% no trimestre, a R$ 5,018 bilhões, impulsionado pelo crescimento do Ebitda ajustado e melhor resultado financeiro líquido. “O resultado foi parcialmente compensado pelo aumento das despesas com imposto de renda no Brasil, à medida que superamos a depreciação cambial na Argentina em 2023”, disse a Ambev em release de resultados.

Já o Ebitda ajustado totalizou R$ 9,619 bilhões no trimestre, avanço de 34,5% ante um ano antes. Em 2024, o Ebitda alcançou R$ 29 bilhões, com alta de 14%.

No trimestre reportado, a margem bruta expandiu 170 pontos-base (p.b.), para 53,7%, e a margem Ebitda ajustado subiu 180 p.b., para 35,6%. No ano cheio, a empresa afirma que houve expansão de ambas as margem em todas as unidades de negócio.

A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 27 bilhões no quarto trimestre, alta anual de 35,2%. Em 2024, subiu 12,2% ante o ano anterior, para R$ 89,4 bilhões.

A receita líquida aumentou na maioria das unidades de negócio: NAB Brasil (+13,7%), CAC (+7,0%), LAS2 (+6,0%) e Cerveja Brasil (+3,2%), enquanto no Canadá caiu 1,2%, impactada pelo desempenho dos volumes.

Volumes totais

Os volumes totais da Ambev caíram 3,2% no quarto trimestre de 2024, impactados por uma indústria difícil na Argentina e por clima adverso no Brasil. Excluindo a Argentina, os volumes totais cresceram 1,4%.

Os volumes caíram na América Latina Sul(-6,8%) e no Brasil (-2 8%), mas permaneceram praticamente estáveis (-0,1%) na América Central e Caribe. Enquanto isso, no Canadá cresceram 4,0%.

Já no acumulado de 2024, os volumes totais diminuíram 0,9%, uma vez que desempenhos positivos no Brasil (+1,5%) e da América Central e Caribe (+1,9%) foram pressionados por América Latina Sul (-10,0%) e Canadá (-3,1%).

No caso da Argentina, apesar da queda de volumes da indústria de cerveja de mais de 20%, a participação de mercado da Ambev permaneceu estável, de acordo com estimativas da empresa.

Os resultados da Ambev (BOV:ABEV3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2024 foram divulgados no dia 25/02/2025.

VISÃO DO MERCADO

As ações da gigante de bebidas Ambev são destaque positivo entre as empresas que divulgaram seus resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24), registrando uma disparada na sessão após o balanço. Às 10h50 (horário de Brasília) desta quarta-feira (26), os papéis subiam 3,70%, a R$ 11,50.

A gigante de bebidas, conforme ressalta a XP Investimentos em relatório, entregou um 4T melhor do que o esperado, com custos mais baixos e estratégias bem-sucedidas de precificação e posicionamento de marca levando a melhores margens.

Os analistas da XP apontam que a receita líquida foi de R$ 27,0 bilhões (+35% ano a ano e +7% acima da projeção da XP), enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado foi de R$ 9,6 bilhões (+35% ano a ano e +12% versus a projeção da XP).

A surpresa positiva e a mudança bem-vinda vieram de LAS (América Latina Sul, que inclui operações na Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Chile) e Canadá – ambas as unidades tiveram desempenho abaixo do esperado na maior parte de 2024 – enquanto NAB (bebidas não alcoólicas) e CAC (América Central e Caribe) foram sólidos, e o clima adverso levou a um desempenho abaixo do esperado em Cerveja Brasil.

A equipe de análise da XP aponta que o processo contínuo de premiumização foi fundamental para ajudar a recuperar margens e como uma estratégia de defesa de participação de mercado. No entanto, para 2025, o guidance de COGS (custos de produtos vendidos) em caixa da AmBev (Cerveja Brasil: +5,5 a 8,5%) confirma a principal preocupação de que um ambiente inflacionário sob pressão de custos deve levar a margens mais baixas no futuro.

O JPMorgan também ressaltou que a Ambev reportou resultados melhores do que o esperado no 4T24 com lucro por ação de R$ 0,31, alta anual de 3,3%, superando a projeção do banco em 11% e de consenso em 7%.

O Ebitda superou a estimativa do banco em 21% e o consenso em 15%. A superação veio inteiramente na divisão internacional, ajudada principalmente pelos efeitos da conversão cambial (boa parte disso na LAS), mas também na expansão das margens (controle de custos e de vendas, gerais e administrativas, ou SG&A).

No Brasil, o Ebitda de Cerveja ficou 2% acima das expectativas em custos e SG&A, enquanto a receita líquida ficou aquém em preços e volumes (-3,9% ano a ano), mostrando dinâmica competitiva ainda desafiadora e preços impactados pelas maiores taxas de imposto de valor agregado em alguns estados.

A empresa introduziu uma faixa de orientação de COGS/hectolitro de cerveja do Brasil para 2025 de +5,5% a +8,5%, o que significa que está bem no meio do guidance com +7%.

Antes da abertura da Bolsa, o JPMorgan ressaltou acreditar que o mercado deve receber bem esses resultados, apesar da fraca receita líquida de cerveja do Brasil. “Isso também deve trazer risco de alta para nossos números e para os números de consenso, principalmente na divisão internacional”, avalia.

Problemas em relação à qualidade

O BTG Pactual ressaltou que a Ambev terminou o ano de forma mais positiva, pelo menos com base nos números principais, reforçando que as principais contribuições vieram da Argentina (efeito base e descompasso cambial/inflação) e incentivos fiscais.

As vendas líquidas de R$ 27 bilhões também foram mais fortes (5% acima do previsto e 4% acima a/a), embora isso seja explicado principalmente por um efeito base na Argentina, já que os volumes consolidados decepcionaram, caindo 3% na base anual (2% abaixo do esperado).

Para os analistas do banco, o perfil de risco-retorno das ações da Ambev melhorou com base nos valuations. Negociando abaixo de 11 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) esperado para 2025, este, provavelmente, é o nível de múltiplo mais barato da Ambev visto em mais de uma década, e também com um grande desconto em relação aos pares globais.

“Neste contexto, um bom desempenho trimestral (mesmo que possuindo algumas ressalvas) pode pelo menos ajudar a melhorar o sentimento. Dito isto, notamos que os volumes estão desacelerando, os preços permanecem modestos e os ventos favoráveis de custos devem se reverter em breve mediante as tendências de câmbio e commodities”, avalia o BTG.

Além disso, até mesmo o ambiente competitivo no Brasil, que em algum momento parecia melhorar quando a Petrópolis começou a aumentar os preços de forma mais consistente, pode estar se deteriorando novamente graças ao aumento da capacidade de produção da Heineken.

Como o player dominante em uma indústria amplamente madura, o crescimento dos lucros de longo prazo da Ambev depende fortemente da manutenção do poder de repassar preço de forma sustentável, o que não parece estar mudando no que diz respeito aos números do 4T24. “Uma mudança na estrutura de capital, outra fonte de retorno potencial, também não parece iminente. Reiteramos nossa recomendação Neutra”, ressalta o banco.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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