As ações da Gilead Sciences (NASDAQ:GILD) recuavam 2,0% no pré-mercado de quarta-feira (19), ampliando as perdas de 1,81% no fechamento anterior. As ações sofreram em meio aos relatos do The Wall Street Journal de que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) considera reduzir o financiamento para programas de prevenção do HIV.

A Gilead Sciences também é negociada na B3 através da BDR (BOV:GILD34). A empresa é uma biofarmacêutica global líder em antivirais, focada em tratamentos para HIV, além de hepatite, oncologia e doenças infecciosas.

A possível reestruturação do orçamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) pode afetar diretamente a divisão que financia programas estaduais e locais voltados à contenção da doença.

Em 2023, o CDC destinou cerca de US$ 1,3 bilhão para iniciativas de combate ao HIV e outras infecções, mas revisões em andamento podem resultar em cortes, ainda não confirmados oficialmente.

O impacto potencial dessa medida preocupa investidores, já que as supostas mudanças no financiamento federal podem reduzir a demanda pelos produtos da Gilead e por consequência afetar suas receitas. Outras farmacêuticas como a GSK plc (NYSE:GSK) (BOV:G1SK34), proprietária majoritária da ViiV Healthcare, também podem ser impactadas.

A possibilidade de interrupção ou redução desses serviços levanta preocupações também, claro, entre profissionais de saúde e organizações que atuam na prevenção da doença.

Especialistas alertam que cortes no financiamento comprometerão os avanços obtidos na redução dos casos de HIV nos últimos anos, resultado de iniciativas como ampliação da profilaxia pré-exposição (PrEP) e acesso a testes de diagnóstico.

O desenrolar dessa questão dependerá da confirmação das mudanças e da reação do setor de saúde à possível redução dos investimentos públicos na área, enquanto investidores analisam as oscilações nas ações de empresas biofarmacêuticas que dependem desses contratos governamentais.