As ações da GE Aerospace (NYSE:GE) subiam até 4% no pré-mercado de terça-feira, 22 de abril de 2025, depois que apresentou resultados no primeiro trimestre que superaram as estimativas de Wall Street mesmo diante de incertezas macroeconômicas e novas tarifas.

A GE Aerospace também é negociada na B3 através da BDR (BOV:GEOO34).

O lucro líquido ajustado por ação foi de US$ 1,49, acima da previsão de US$ 1,27, marcando o nono trimestre consecutivo com lucros acima do esperado.

A receita total cresceu 10,9% ano a ano, atingindo US$ 9,94 bilhões, impulsionada pelo aumento de 14,5% na receita do segmento de motores comerciais e serviços, que chegou a US$ 6,98 bilhões. O setor de defesa teve leve alta de 0,5%, somando US$ 2,32 bilhões, com os pedidos se mantendo estáveis.

Mesmo com a pressão das tarifas, a GE manteve o guidance para 2025. A companhia espera lucro ajustado por ação entre US$ 5,10 e US$ 5,45, fluxo de caixa livre entre US$ 6,3 bilhões e US$ 6,8 bilhões e crescimento de receita de dois dígitos. A estimativa de lucro operacional permanece em US$ 8 bilhões.

Apesar do impacto potencial das tarifas americanas sobre aço e alumínio, a empresa acredita que pode compensar parte dos custos. No entanto, há incertezas sobre o repasse desses custos aos clientes, especialmente diante da recusa de algumas companhias aéreas chinesas em aceitar jatos Boeing 737 MAX com motores GE.

A demanda por jatos continua elevada, devido à capacidade produtiva limitada e problemas de qualidade enfrentados pela Boeing. A GE acredita que o impacto das tarifas sobre volumes de vendas será marginal, dado o déficit global de aeronaves comerciais.