As ações da General Motors (NYSE:GM) recuavam quase 3% durante as negociações de terça-feira (29) em Nova York, mesmo depois que apresentou lucro ajustado por ação de US$ 2,78 no primeiro trimestre de 2025, superando os US$ 2,74 esperados por analistas.

A receita também avançou 2,3%, atingindo US$ 44,02 bilhões, acima dos US$ 43,05 bilhões projetados. A General Motors também é negociada na B3 através da BDR (BOV:GMCO34).

A GM suspendeu novas recompras de ações e sinalizou que sua orientação anterior para 2025, divulgada em janeiro, não é mais confiável. A empresa previa lucro líquido entre US$ 11,2 bilhões e US$ 12,5 bilhões, mas esse número não considerava o impacto das novas tarifas comerciais impostas por Donald Trump.

O CFO Paul Jacobson afirmou que a GM está reavaliando as projeções financeiras devido aos possíveis efeitos das tarifas de 25% sobre veículos e peças importados. Jacobson também revelou que parte da demanda forte no trimestre foi antecipada, com clientes e concessionárias se adiantando a aumentos de preços.

Os resultados operacionais foram afetados por custos adicionais de US$ 400 milhões, incluindo gastos com mão de obra, garantia e depreciação, além de um impacto cambial negativo de US$ 300 milhões.

O lucro líquido caiu 6,6%, para US$ 2,78 bilhões, enquanto o lucro operacional ajustado ficou em US$ 3,49 bilhões.

A incerteza tarifária levou a GM a adiar sua tradicional teleconferência de resultados para quinta-feira. A expectativa é que o governo Trump suavize algumas medidas, como a aplicação cumulativa de tarifas e a concessão de créditos para peças importadas, o que poderia aliviar parcialmente os impactos sobre os custos das montadoras.

A GM manteve crescimento nas vendas nos EUA, com alta de 17% no primeiro trimestre, e melhorou seus resultados na China, revertendo prejuízo de US$ 106 milhões (no mesmo trimestre do ano anterior) e registrando lucro de US$ 45 milhões.