A Gilead Sciences (NASDAQ:GILD) reportou lucro ajustado de US$ 1,81 por ação no primeiro trimestre de 2025, superando ligeiramente as expectativas dos analistas. A receita ficou estável em US$ 6,7 bilhões, abaixo dos US$ 6,8 bilhões projetados.

O lucro líquido GAAP por ação foi de US$ 1,04, revertendo prejuízo de US$ 3,34 no mesmo período de 2024. A melhora foi impulsionada pela ausência de despesas extraordinárias relacionadas à aquisição da CymaBay. A empresa também reduziu custos administrativos e de P&D em relação ao ano anterior.

Mesmo com bons resultados operacionais, as ações recuavam 3,2% após o anúncio, durante a última verificação na tarde de sexta-feira (25). A Gilead Sciences também é negociada na B3 através da BDR (BOV:GILD34), que simultaneamente caíam 3,8%.

O destaque do trimestre foram as vendas de medicamentos para HIV, que cresceram 6% e somaram US$ 4,6 bilhões. O Biktarvy respondeu por US$ 3,1 bilhões desse total, alta de 7%. O Descovy avançou 38%, para US$ 586 milhões. Em contrapartida, a receita com Veklury, usado contra a Covid-19, caiu 45%, para US$ 302 milhões.

Perspectivas

A empresa reafirmou suas projeções para 2025, esperando lucro ajustado entre US$ 7,70 e US$ 8,10 por ação e vendas totais entre US$ 28,2 bilhões e US$ 28,6 bilhões. O CFO afirmou que os impactos tarifários já estão contemplados nas estimativas, minimizando o risco imediato de novas medidas protecionistas.

A Gilead aposta no potencial do lenacapavir como injeção preventiva semestral, com decisão da FDA esperada para 19 de junho, apesar das incertezas sobre cortes no Medicaid e mudanças na cobertura de prevenção do HIV. Analistas projetam que o produto poderá gerar US$ 4 bilhões em receita anual até 2030.