O Itaú BBA divulgou um relatório sobre as perspectivas de resultados da Ambev no primeiro trimestre de 2025, que deve trazer volumes menores em relação ao mesmo período de 2024, apesar da previsão de que a divisão de Cervejas do Brasil da companhia deverá superar seus pares em termos de volumes no primeiro trimestre.
“Embora a previsão de volumes menores em relação ao ano anterior possam ser sentidos, nossa projeção de queda de 1,5% no volume anual do segmento de Cervejas do Brasil da Ambev (BOV:ABEV3) no trimestre sugere algum ganho de participação de mercado para a empresa”, explicou o Itaú.
Às 11h30, a ação da companhia avançava 0,73%, para R$ 13,77.
Atualmente, a Petrópolis parece ter o cenário mais positivo para um aumento de participação de mercado, provavelmente como um potencial efeito inicial de sua mudança para uma estratégia orientada por preço a partir do final de 2024.
“Continuamos a adotar uma abordagem conservadora em nossas projeções para a receita líquida da Ambev este ano. O portfólio diversificado de marcas da empresa parece bem posicionado para competir com Heineken e Petrópolis, mas isso por si só não justifica uma visão otimista da empresa neste momento”, apontou o Itaú, que classificou a ação como Market Perform, e preço-alvo de R$ 15.
Segundo a análise, operacionalmente, é preciso monitorar de perto as estratégias de repasse de preços ao longo do ano, que podem superar os concorrentes, mas ainda apresentam desafios, dado o ambiente de consumo mais restrito no Brasil e os custos acima da inflação esperados para os fabricantes de cerveja este ano. A Petrópolis relatou um declínio no volume de um dígito na produção, em janeiro e fevereiro, em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando um impacto negativo nos dados consolidados do setor.
“Olhando para o futuro, prevemos alguma pressão de volume à medida que a fábrica da Heineken em Passos avança ao longo de 2025. Isso não está incorporado em nosso modelo por enquanto, mas será particularmente importante monitorar em um ano de consumo potencialmente desacelerado para o setor, impulsionado por preocupações com a inflação de alimentos”, disse o banco de investimentos.
Por fim, o relatório lembrou que a Heineken divulgou hoje seus resultados, mostrando que no Brasil o volume de cerveja caiu em um dígito médio. A Amstel e a Heineken continuaram a crescer, e a receita liquida diminuiu em linha com os volumes, sugerindo que não houve aumento significativo de preço na comparação anual devido à gestão de estoques e aos custos comparáveis. Apesar disso, a empresa sinalizou ganhos de participação de mercado em termos de volume e valor, de acordo com os números de vendas. Como esperado, o Brasil foi mencionado como um destaque em termos de premiumização e do “sucesso contínuo” da Amstel.
Informações Grupo CMA
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