Yum Brands decepciona com Pizza Hut, mas mantém crescimento com Taco Bell e KFC

A Yum Brands (NYSE:YUM) registrou resultados mistos no primeiro trimestre de 2025, com força contínua de Taco Bell e KFC, mas também os persistentes desafios enfrentados pela Pizza Hut. A receita do primeiro trimestre somou US$ 1,79 bilhão, abaixo dos US$ 1,85 bilhões esperados. Já o lucro ajustado por ação foi de US$ 1,30, em linha com as projeções.

A Yum Brands também é negociada na B3 através da BDR (BOV:YUMR34).

As vendas nas mesmas lojas da empresa cresceram 3%, puxadas principalmente pela Taco Bell, com alta de 9%, superando a estimativa de 8%. A divisão também viu aumento de 11% nas vendas do sistema nos EUA e 8% no exterior, impulsionada por novos itens no cardápio e tráfego sólido em todas as faixas de renda.

A KFC teve desempenho moderado, com crescimento de 2% nas vendas nas mesmas lojas e 5% nas vendas globais do sistema. A China, seu maior mercado, registrou alta de 3%, enquanto nos EUA houve queda de 1%, pressionando a posição da rede no ranking nacional, onde caiu para o quinto lugar entre as maiores de frango.

Em contrapartida, a Pizza Hut decepcionou. As vendas nas mesmas lojas recuaram 2% no trimestre, pior que a expectativa de queda de 0,1%. O desempenho negativo foi mais acentuado nos EUA, com queda de 5%. O lucro operacional da divisão caiu 20%, impactado por transições de franquias e aumento de custos de tecnologia.

A empresa reportou crescimento de 5% no lucro operacional GAAP e de 8% no lucro operacional principal. O número total de unidades cresceu 3% no trimestre, com a abertura de 751 novos restaurantes. A divisão KFC sozinha inaugurou 528 unidades em 52 países.

As vendas digitais atingiram quase US$ 9 bilhões e representaram 55% das vendas globais. A empresa firmou parceria com a NVIDIA para acelerar a adoção de IA nos restaurantes para inovar e aumentar a eficiência operacional.

A Yum manteve sua meta de longo prazo de crescimento de 8% no lucro operacional principal. A empresa também destacou que não espera impactos relevantes das tarifas comerciais nas operações ou na percepção dos consumidores.

O CEO David Gibbs anunciou que deixará o cargo no primeiro trimestre de 2026, após 36 anos na empresa. A sucessão já está em curso.