A UnitedHealth Group (NYSE:UNH) voltou a ganhar fôlego no mercado após semanas turbulentas que levaram suas ações a um tombo gigantesco. Os papéis fecharam em alta de 8,2% na segunda-feira, alcançando US$ 315,89, o melhor desempenho do índice Dow Jones na sessão.
As ações inicialmente continuaram a subir no pré-mercado de terça-feira (20), mas estagnaram no início da tarde. A UnitedHealth também é negociada na B3 através da BDR (BOV:UNHH34).
A forte queda desde o pico de abril teve como fatores a retirada da projeção financeira de 2025, a saída repentina do CEO Andrew Witty, e relatos de uma investigação criminal ligada ao Medicare.
Já a alta foi impulsionada pelo retorno de Stephen Hemsley ao comando da empresa. Hemsley foi CEO de 2006 a 2017 e liderou o crescimento da UnitedHealth em várias frentes.
Hemsley comprou US$ 25 milhões em ações da companhia na sexta-feira, ou 86.700 ações a um preço médio de US$ 288,57, acompanhado por outros executivos que também adquiriram papéis no mercado.
Os executivos incluem três diretores, John Noseworthy, Kristen Gil e Timothy Flynn, e o presidente e diretor financeiro da empresa, John Rex. Rex comprou cerca de US$ 5 milhões em ações.
A empresa enfrenta dificuldades com os custos mais altos dos planos Medicare Advantage e com mudanças regulatórias no modelo de codificação de risco, que afetam diretamente os reembolsos que recebe do governo americano.
Internamente, o sentimento é de que boa parte das más notícias já está refletida no preço das ações. A empresa negocia a múltiplos historicamente baixos, ou 13,1 vezes os lucros futuros.
A gigante da saúde dos EUA também tem enfrentado uma onda de rebaixamentos por parte de analistas. A Raymond James e o Bank of America rebaixaram as ações da UnitedHealth de “forte compra” para “desempenho de mercado” e de “compra” para “neutra”, respectivamente, na semana passada. Ontem, a TD Cowen rebaixou a UnitedHealth de “comprar” para “manter”.
A UnitedHealth tenta convencer os acionistas a aprovar um novo pacote de remuneração para Hemsley, incluindo US$ 60 milhões em opções de ações. A proposta enfrenta resistência de consultorias como a ISS, que alegam possível “renda inesperada” devido à volatilidade recente dos papéis.
Foram cinco anos de valorização eliminados em apenas um mês. A trajetória da UnitedHealth agora depende da capacidade da nova liderança em restaurar a confiança do mercado e enfrentar os desafios operacionais e regulatórios.
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