O dólar à vista recuou diante do real, acompanhando a queda global da moeda americana, após o dado mais fraco de inflação nos EUA, reacendendo as expectativas sobre cortes de juros pelo Fed neste ano.
O acordo firmado ontem à noite entre EUA e China, sobre tarifas comerciais e uso de terras raras, também ajudou e enfraquecer a divisa americana, com investidores mais dispostos aos ativos de risco, diante dos sinais de melhora na relação entre as duas potências econômicas.
À tarde, o recuo do dólar foi limitado por rumores de aumento das tensões entre EUA e Irã, com o Departamento de Estado determinando a retirada de pessoal não essencial de embaixadas e bases militares no Oriente Médio.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,59%, a R$ 5,5376, após oscilar entre R$ 5,5222 e R$ 5,5816. Às 17h12, o dólar futuro para julho recuava 0,58%, a R$ 5,56000.
Lá fora, o índice DXY perdia 0,43%, aos 98,676 pontos. O euro subia 0,49%, para US$ 1,1482. E a libra ganhava 0,33%, a US$ 1,3541.
O que aconteceu com dólar hoje?
O governo dos EUA informou mais cedo que seu índice de preços ao consumidor teve alta de 0,1% em maio em relação ao mês anterior, ante ganho de 0,2% em abril. Os economistas consultados pela Reuters esperavam que o dado do mês passado repetisse a alta anterior.
Em 12 meses, a inflação ao consumidor chegou a 2,4%, um pouco acima dos 2,3% de abril, mas abaixo da projeção de 2,5%. No núcleo do índice, os números também foram os melhores do que o esperado tanto na base mensal quanto no acumulado do último ano.
O resultado reforçou as apostas de operadores de que o Fed retomará os cortes de juros a partir de setembro, consolidando ainda a previsão de uma segunda redução nos impostos até o fim do ano. Também houve ruptura nos temores sobre o impacto das tarifas do presidente Donald Trump nos preços.
Juros mais baixos dos EUA implicam menores rendimentos nos Tesouros, o que torna o dólar menos atrativo ante os seus pares e favorece outras moedas mais arriscadas.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisões — caiu 0,23%, para 98,732.
Os investidores ainda repercutiam o acordo anunciado na noite de terça, em Londres, pelas autoridades norte-americanas e chinesas para aliviar as tensões comerciais recentes, flexibilizando os controles de exportação e retomando uma trégua tarifária alcançada no mês passado.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse na véspera que o acordo realizado em Londres removerá restrições sobre as exportações chinesas de minerais e imãs de terras raras e algumas das recentes restrições de exportações dos EUA “de forma equilibrada”, mas não apresentou detalhes.
Trump afirmou nesta quarta que o acordo dos EUA com a China está concluído, com Pequim fornece imãs e minerais de terras raras enquanto os EUA permitem estudantes chineses em suas faculdades e universidades.
No radar local estão sinais do governo e Congresso de que devem abrir discussão sobre corte de gastos primários em meio à reação política negativa e nos mercados às medidas alternativas em substituição parcial ao aumento do IOF.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o tema do gasto primário deve entrar na agenda do congresso nos próximos dias. Ele afirmou ainda que “não há reformas estruturantes se a sociedade não nos apoiar em ano pré-eleitoral”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fica no foco em audiência pública na Câmara sobre o pacote de medidas para substituir parte do aumento do IOF. Haddad disse na terça (10) que apresentou ao presidente Lula as medidas discutidas com líderes do Parlamento e que o governo abrirá uma discussão com o Congresso para identificar quais propostas de controle de gastos têm apoio parlamentar.
Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o ministro citou temas como supersalários e aposentadoria de militares. Segundo ele, a ideia é priorizar projetos já em tramitação e que possam ser votados rapidamente. Haddad também disse que as medidas propostas como alternativa ao aumento do IOF não elevam a carga tributária, mas buscam maior justiça fiscal.
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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)
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