Ibovespa sobe, em linha com os índices acionários de Wall Street, e com expectativa por avanço comercial antes de novas tarifas

O Ibovespa fechou firme alta no pregão desta segunda-feira, em linha com os índices acionários de Wall Street, com S&P500 renovando máxima recorde de fechamento, em semana encurtada pelo feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, e com expectativa de novos avanços em tratativas comerciais, dias antes do prazo de 9 de julho imposto por Donald Trump para tarifas recíprocas.

O Índice Bovespa encerrou com ganhos de 1,45%, aos 138.854 pontos. O volume de negociação foi de R$ 20,4 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$17,2 bilhões. No semestre, o Ibovespa registrou valorização acumulada de 15,5%.

Os vértices da curva de juros encerraram em firme queda de até 27 pontos-base, acelerando perdas após geração líquida de postos de trabalho, medida pelo Caged, vir abaixo do consenso em maio.

Ao fim do dia, o dólar futuro operava em queda de 0,88%, cotado a R$5,475, enquanto DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, recuava 0,46%, aos 96,8 pontos.

Economia brasileira reportou geração líquida de 148.992 postos de trabalho em maio, abaixo do consenso, que apontava para geração líquida de 176 mil postos de trabalho. Leitura fraca favoreceu ampliação da queda dos DIs, que já recuavam antes, na esteira das Treasuries yields.

Mais cedo, setor público consolidado (que inclui governo central, estados, municípios e estatais não financeiras) registrou déficit primário de R$33,7 bilhões em maio, ante estimativa, de déficit de R$42,7 bilhões. Já o déficit nominal – que inclui despesas com juros – somou R$125,9 bilhões, ligeiramente pior que consenso, de R$115,0 bilhões.

A dívida líquida como proporção do Produto Interno Bruto avançou a 62,0%, ante 61,5% vistos em abril.

Também mais cedo, mediana de projeções do Focus para IPCA ao fim de 2025 recuou a 5,20%, ante 5,24%, no quinto declínio semanal consecutivo, em meio à apreciação do câmbio. A mediana de projeção para o câmbio ao fim de 2025 recuou a R$5,70, ante R$5,72. Medianas de projeção para o PIB e Selic mantiveram-se em 2,21% e 15,0%, respectivamente, para o fim de 2025.

No front político, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a reclamar do nível atual dos juros locais, afirmando que gostaria deles em zero, embora o Banco Central seja “independente”. Lula também afirmou que Gabriel Galípolo, presidente da autarquia, é “homem sério”, em falas durante lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar.

No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atacou ex-presidente Jair Bolsonaro e voltou a reiterar intenção de “cobrar do andar de cima”, sinalizando que governo insistirá na defesa de mais impostos para equilibrar as contas públicas.

No noticiário corporativo, Azzas 2154 informou que seus principais acionistas, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, entraram em acordo sobre governança após disputas iniciais, e apontaram novas lideranças para o conselho de administração. O acerto deve acelerar integração na empresa, resultado de fusão de Soma e Arezzo.

Ainda no âmbito corporativo, Natura realizou encontro com investidores. No evento, diretoria disse que objetivo é que ações da empresa voltem a ter elevado “dividend yield”, e que separação dos negócios a Avon International “vai acontecer”, e está em curso, segundo Bloomberg.

Entre relatórios de bancos, Morgan Stanley elevou recomendação de ações da Vibra para “compra” e da Ultrapar para “neutra”, subindo preços-alvos para ambas. Citi elevou preço-alvo de MRV de R$6,40 para R$6,70.

As maiores contribuidoras do Ibovespa foram as PN de Itaú, ON de Sabesp e B3 que subiram 1,87%, 3,55% e 3,26%, respectivamente.

As maiores altas percentuais do Ibovespa foram as ON de MRV, Magazine Luiza e Azzas, que subiram 7,60%, 5,91% e 4,70%, respectivamente.

Os futuros do petróleo Brent para entrega em agosto recuavam 0,28%, a US$66,61 por barril, na esteira de relatos de que membros-chave da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) podem considerar outro aumento de produção de 411 mil barris por dia a partir de agosto reunião do próximo domingo, 6 de julho.

Os futuros do minério de ferro de Dalian tiveram alta de 0,21%, a US$99,7 a tonelada, seguindo uma demanda resiliente em nível considerável, de acordo com operadores, segundo Dow Jones Newswire.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Ambipar (AMBP3)

   A Ambipar, líder global em soluções ambientais, iniciou testes operacionais com o novo biocombustível Be8 BeVant@, como parte de sua estratégia para acelerar a descarbonização de suas operações no Brasil. O combustível será utilizado, inicialmente, em uma embarcação da base portuária da empresa em São Francisco do Sul (SC) e, posteriormente, em caminhões e equipamentos pesados de logística ambiental, ampliando o escopo de aplicação da solução. Saiba mais…

   Azevedo & Travassos (AZET3)

   A Azevedo & Travassos Energia – ATE informou em continuidade às atividades previstas para o incremento da produção nos contratos de concessão operados pela sua subsidiária integral indireta Phoenix Petróleo e Gás Natural, assinou um contrato com a Natural Gás. Saiba mais…

   Azzas (AZZA3)

   A Azzas 2154 informou que, em decorrência dos entendimentos mantidos entre os acionistas de referência da companhia, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, voltados ao aprimoramento contínuo da governança corporativa do grupo Azzas 2154, o conselho de administração da companhia deliberou sobre alterações e propostas para nova composição do conselho de administração. Saiba mais…

   Biomm (BIOM3)

   A Biomm divulgou que foi assinado pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e Ministério da Saúde, o contrato de aquisição de Insulina Humana, objeto da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre Biomm, Wockhardt e FUNED. Saiba mais…

   Camil (CAML3) 

   A Camil Alimentos aprovou os novos Planos de Outorga de Opções de Compra de Ações e de Outorga de Ações Restritas da Companhia, que têm como beneficiários administradores e empregados da Companhia e de sociedades sob o seu controle. Saiba mais…

   Cosan (CSAN3) 

   A Cosan realizará no próximo dia 30 de junho o pagamento de juros relativos à 1ª e 2ª séries da sua 10ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária. O valor total bruto a ser distribuído aos investidores será de R$ 103 milhões. Saiba mais…

   Cyrela (CYRE3) 

   A Cyrela Brazil Realty informou que negociou e, está em fase de assinaturas, Memorando de Entendimentos (MoU) com a Tecnisa, e a totalidade dos demais sócios da Windsor Investimentos Imobiliários visando à potencial aquisição de determinados ativos imobiliários detidos pela Windsor. Saiba mais…

   Embraer (EMBR3)

   A Eve Air Mobility, da Embraer assinou um memorando de entendimento (MoU) com a Aerosolutions e a Bluenest by Globalvia para a potencial aquisição de até 50 aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL) da companhia, que é controlada pela Embraer. Saiba mais…

   Frasle (FRAS3)

   A Frasle divulgou que tem a intenção de protocolar, perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pedido de registro de oferta pública de distribuição primária de, inicialmente, 9.256.000 ações ordinárias. Saiba mais…

   IMC (MEAL3)

   A International Meal Company Alimentação concluiu a operação de parceria estratégica para a marca KFC no Brasil. A transação, firmada originalmente em março deste ano, foi viabilizada após o cumprimento (ou renúncia, quando aplicável) de todas as condições precedentes previstas no contrato de compra e investimento com a sociedade Horizonte Restaurantes. Saiba mais…

   Itaúsa (ITSA4)

   A Itaúsa informou aos titulares das debêntures da 2ª série objeto do “Instrumento Particular de Escritura de Emissão Pública de Debêntures Simples, Não Conversíveis em Ações, da Espécie Quirografária, em 2 Série, da 4ª Emissão de Itaúsa S.A.”, celebrado em 31 de maio de 2021, que em 15 de julho de 2025 exercerá o direito ao resgate antecipado facultativo da totalidade das 1.250.000 debêntures da 2ª série. Saiba mais…

   JBS (JBSS32) 

   A JBS concluiu sua oferta de recompra de títulos sênior, nos Estados Unidos, com vencimento em 2027, no valor máximo de US$ 1 bilhão.

   Minerva (BEEF3)

   A Minerva entrou com um recurso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a fusão entre Marfrig e BRF, operação que pode criar a chamada “MBRF”. Saiba mais…

   SLC Agrícola (SLCE3)

   A SLC Agrícola informou que a partir do dia 7 de julho de 2025, a BTG Pactual Serviços Financeiros passará a ser a instituição financeira depositária das ações escriturais de emissão da SLC Agrícola, em substituição ao Itaú Corretora de Valores. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)