O dólar à vista fechou em alta, mas bem distante da máxima do dia, atingida logo após a abertura, com investidores absorvendo a decisão de Donald Trump de aplicar tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.
Ao longo do dia, ficou claro que o governo brasileiro não pretende retaliar imediatamente, mas esperar até o início da vigência da medida, em 1º de agosto, para ver se Trump volta atrás em sua decisão ou aceita uma negociação pelo caminho diplomático.
Em último caso, o país adotará a lei da reciprocidade, com retaliação, utilizando de medidas não tarifárias, como a quebra de patentes.
O dólar à vista fechou em alta de 0,78%, a R$ 5,5452, após oscilar entre R$ 5,5250 e R$ 5,6220. Já o dólar futuro para agosto, que havia disparado no fim da tarde de ontem com o anúncio do tarifaço de Trump, recuava 0,70%, para R$ 5,5720 por volta das 17h15.
Lá fora, o índice DXY subia 0,05%, para 97,604 pontos. O euro caía 0,21%, a US$ 1,1696. E a libra perdia 0,07%, a US$ 1,3578.
O que acontece com o dólar hoje?
A decisão do governo de Donald Trump surpreendeu o mercado, especialmente porque o Brasil havia sido inicialmente incluído em uma lista com tarifa de 10%, divulgada no Liberation Day, e seguia em tratativas para evitar uma elevação, aponta a Suno. Além disso, os EUA mantêm superávit na balança comercial com o Brasil, o que torna a medida ainda mais atípica.
Em análise, a Hike Capital ressaltou que, caso confirmadas as tarifas de 50%, deve-se observar, nesse primeiro momento, um impacto na inflação e nos juros.
“Dentre os principais produtos exportados pelo Brasil aos EUA, destacamos o petróleo, produtos petrolíferos e materiais relacionados, ferro e aço, café, chá, cacau, especiarias, carnes, vegetais, frutas, papel e celulose, dente outros”, avalia.
Neste cenário, parte das empresas exportadoras devem repassar uma parte das tarifas para o consumo interno, refletindo em um aumento nos preços/inflação.
A valorização do dólar deve ser vista como reflexo de um menor volume de exportação brasileira (e menor entrada de dólares na balança comercial), assim como devido à permanência dos juros americanos em patamares mais restritivos por um tempo ainda maior, devido às incertezas à frente do Federal Reserve.
Paralelamente, o governo continua tentando preservar o decreto que aumentou as alíquotas do IOF, considerado essencial para o equilíbrio fiscal. Em reunião com os senadores Davi Alcolumbre e Hugo Motta, o ministro Fernando Haddad defendeu a legitimidade da medida, ressaltando que a prerrogativa para alterar o IOF é do Executivo. No entanto, o encontro terminou sem acordo, e novas negociações devem ocorrer até a audiência de conciliação marcada no STF para o dia 15.
Na frente de dados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24 por cento em junho, após alta de 0,26 por cento no mês anterior. No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA teve alta de 5,35 por cento.
Pesquisa da Reuters revelou que a expectativa dos analistas era de alta de 0,20 por cento em junho, acumulando em 12 meses alta de 5,32 por cento.
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Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
1/7/2025 | 5,4604 | 5,461 | 0,51% | 0,0275 |
2/7/2025 | 5,42 | 5,4206 | -0,74% | -0,0404 |
3/7/2025 | 5,4043 | 5,4049 | -0,29% | -0,0157 |
4/7/2025 | 5,4236 | 5,4242 | 0,36% | 0,0193 |
7/7/2025 | 5,4771 | 5,4777 | 0,99% | 0,0535 |
8/7/2025 | 5,4447 | 5,4453 | -0,59% | -0,0324 |
9/7/2025 | 5,5026 | 5,5032 | 1,06% | 0,0579 |
10/7/2025 | 5,542 | 5,5426 | 0,72% | 0,0394 |
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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)
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