O dólar devolveu nesta terça-feira boa parte da alta acumulada ontem, acompanhando o alívio no clima de aversão ao risco no exterior, após Donald Trump prorrogar o prazo de negociação de tarifas comerciais dos EUA com outros países, que venceria amanhã, para 1º de agosto.
No cenário doméstico, sinais de disposição do Congresso em contornar a crise do IOF também contribuíram para a recuperação do real. Segundo apurou O Globo, Hugo Motta e líderes da Câmara devem se reunir com integrantes da Fazenda antes da audiência com Alexandre de Moraes sobre IOF, marcada para o dia 15.
A ideia do presidente da Câmara é tentar um acordo com o governo sem a interferência do STF.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,58%, a R$ 5,4458, após oscilar entre R$ 5,4357 e R$ 5,4789. Às 17h13, o dólar futuro para agosto caía 0,86%, a R$ 5,4735.
Lá fora, o índice DXY operava estável (+0,01%), aos 97,493 pontos. O euro subia 0,16%, a US$ 1,1728. E a libra caía 0,09%, para US$ 1,3593.
O que aconteceu com dólar hoje?
Na segunda-feira o dólar havia subido mais de 1% ante o real após Trump ameaçar impor tarifas a países do Brics com políticas “antiamericanas”, além de estabelecer novas taxas a alguns parceiros comerciais, como Japão e Coreia do Sul.
Passado este primeiro impacto, o dólar despencou ante o real já no início da sessão desta terça-feira, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes e exportadores de commodities no exterior.
“Ontem o dólar ganhou valor e ficou estressado aqui por conta das tarifas, mas hoje o mercado já assimilou que Trump vai aplicar novas taxas em agosto, o que deu uma acalmada”, comentou João Oliveira, head da Mesa de Operações do Banco Moneycorp.
Ainda que Trump tenha feito novas ameaças tarifárias nesta terça-feira, inclusive para países do Brics, o dia foi de baixa para o dólar ante a maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real, o rand sul-africano ZARUSD=R e o peso mexicano – moedas de países do Brics que, na véspera, haviam sido penalizadas.
Assim, após marcar a cotação máxima de R$5,4890 (+0,15%) às 9h00, na abertura da sessão, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,4357 (-0,82%) às 15h56.
Internamente, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou durante a tarde a intenção da autarquia de buscar a meta contínua de 3% de inflação.
“Ao colocar a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e os meus colegas do Copom vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025. Mas eu durmo muito tranquilo sabendo que o que eu estou fazendo é cumprir a meta e perseguir a meta, e tenho absoluta convicção que este é o papel do Banco Central”, disse Galípolo.
Pela manhã, em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional.
No exterior, apesar de ceder ante boa parte das divisas de emergentes, o dólar sustentava ganhos ante o iene JPY= no fim da tarde, após o Japão ter sido penalizado na véspera pela artilharia tarifária de Trump. Com isso, às 17h15, o índice do dólar =USD — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, incluindo o iene — subia 0,13%, a 97,481.
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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)
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