O real ganhou força frente ao dólar nesta terça-feira (29), contrariando o movimento de valorização da moeda americana no exterior. A recuperação foi impulsionada por sinais de possível alívio nas tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. Entre os itens que podem ser isentos das novas taxações estão produtos não fabricados em solo norte-americano, como frutas tropicais, café e suco de laranja. Também há expectativa de que a Embraer seja excluída das medidas tarifárias em estudo.
No cenário internacional, o desempenho do dólar foi influenciado pela divulgação do relatório JOLTS, que apontou uma leve redução no número de vagas abertas nos EUA — sinal de que o mercado de trabalho permanece resiliente. Além disso, os mercados acompanharam de perto as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, diante da possibilidade de prorrogação da trégua tarifária, prevista para expirar em 12 de agosto, por mais 90 dias.
Ao fim do pregão, o dólar à vista recuou 0,36%, encerrando cotado a R$ 5,5695, após oscilar entre R$ 5,5600 e R$ 5,6043. Às 17h29, o dólar futuro com vencimento em agosto também caía 0,27%, a R$ 5,5785. No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subia 0,27%, aos 98,905 pontos. Já o euro e a libra recuavam 0,35% e 0,04%, respectivamente, cotados a US$ 1,1549 e US$ 1,3354.
O que influenciou o dólar nesta terça-feira?
Faltando poucos dias para que entre em vigor a tarifa anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros, o governo do Brasil segue tentando abrir espaço para negociação com autoridades norte-americanas. Até o momento, no entanto, os esforços parecem não ter surtido efeito.
Segundo analistas, há pouco espaço para avanço nas tratativas, já que Trump associou a medida a fatores políticos — como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF — e não a razões comerciais, o que limita as contrapartidas que o Brasil poderia oferecer.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou que o vice-presidente Geraldo Alckmin conversou longamente com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Haddad afirmou que o governo brasileiro não está “preso” ao prazo estipulado por Trump.
Diante da ausência de sinais de suspensão da tarifa ou de prorrogação das negociações, investidores preferiram adotar uma postura de cautela, evitando movimentos mais arriscados.
“Ainda estamos patinando nas tentativas de fechar um acordo com os EUA. O mercado observa com atenção o plano de contingência do governo e os possíveis impactos sobre a política fiscal do país”, afirmou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
No exterior, o mercado também reagiu ao recente acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que estabeleceu uma tarifa de 15% sobre produtos europeus. O entendimento impulsionou o dólar no mercado global, já que investidores interpretaram que os termos foram mais favoráveis aos interesses de Washington, mesmo com a tarifa sendo inferior à ameaça anterior de Trump, de 30%.
Por fim, os mercados seguem atentos às decisões de política monetária que serão divulgadas nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central do Brasil e pelo Federal Reserve. A expectativa majoritária é de manutenção das taxas de juros em ambos os países.
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Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
1/7/2025 | 5,4604 | 5,461 | 0,51% | 0,0275 |
2/7/2025 | 5,42 | 5,4206 | -0,74% | -0,0404 |
3/7/2025 | 5,4043 | 5,4049 | -0,29% | -0,0157 |
4/7/2025 | 5,4236 | 5,4242 | 0,36% | 0,0193 |
7/7/2025 | 5,4771 | 5,4777 | 0,99% | 0,0535 |
8/7/2025 | 5,4447 | 5,4453 | -0,59% | -0,0324 |
9/7/2025 | 5,5026 | 5,5032 | 1,06% | 0,0579 |
10/7/2025 | 5,542 | 5,5426 | 0,72% | 0,0394 |
11/7/2025 | 5,5468 | 5,5479 | 0,1% | 0,0053 |
14/7/2025 | 5,5831 | 5,5837 | 0,65% | 0,0358 |
15/07/2025 | 5,5579 | 5,558 | -0,46% | -0,0257 |
16/07/2025 | 5,5612 | 5,5613 | 0,06% | 0,0033 |
17/07/2025 | 5,5461 | 5,5467 | -0,26% | -0,0146 |
18/07/2025 | 5,5863 | 5,5874 | 0,73% | 0,0407 |
21/07/2025 | 5,5638 | 5,5644 | -0,41% | -0,023 |
22/07/2025 | 5,5663 | 5,5669 | 0,04% | 0,0025 |
23/07/2025 | 5,5222 | 5,5223 | -0,8% | -0,0446 |
24/07/2025 | 5,5187 | 5,5198 | -0,05% | -0,0025 |
25/07/2025 | 5,5612 | 5,5613 | 0,75% | 0,0415 |
28/07/2025 | 5,5898 | 2,5904 | 0,52% | 0,0291 |
29/07/2025 | 5,5683 | 5,5689 | -0,38% | -0,0215 |
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🇧🇷 – US$ 1 = R$ 5,57
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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)
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