A MRV&Co registrou vendas líquidas de R$ 2,69 bilhões no segundo trimestre na divisão de incorporação, um crescimento de 5,8% ano a ano, com impacto de atraso no repasse de recursos de programas regionais de habitação para a construtora.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:MRVE3) nesta segunda-feira (14).
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Já os lançamentos apresentaram crescimento de 54,2% na comparação anual e de 19% no trimestre contra trimestre. As unidades totalizaram um valor geral de vendas (VGV) de R$ 3,45 bilhões para a incorporação.
As vendas não repassadas, segundo apresentação do grupo, somaram R$ 310 milhões, cerca de 1,3 mil unidades. De acordo com o diretor financeiro da MRV&Co, Ricardo Paixão, mais da metade refere-se a vendas que aconteceram no segundo trimestre, e o restante é relativo a unidades anteriores com o repasse ainda travado.
O executivo ressaltou, no entanto, que o segundo e o terceiro trimestres são, normalmente, mais fortes em lançamentos.
A MRV&Co também divulgou em sua prévia uma geração de caixa de R$ 136,4 milhões, enquanto, em incorporação, houve um consumo de caixa ajustado de R$ 33,68 milhões, afetado pela trava nos repasses dos programas regionais e mudanças no critério de repasses pela Caixa.
Conforme explicou o CFO, a Caixa Econômica Federal alterou o momento de recebimento, atualmente realizado após registro em cartório. Com a mudança, houve impacto no caixa da companhia. A venda líquida é apenas considerada após o repasse.
Como a receita é produto dos dois indicadores principais da prévia operacional, a produção e a venda, a expectativa é que os resultados da companhia, que serão divulgados em 12 de agosto após o fechamento do mercado, venham melhores que no primeiro trimestre.
Operação da Resia bem recebida
O grupo anunciou na sexta-feira uma baixa contábil de US$ 144 milhões relacionada à venda de ativos da Resia, que será refletida no resultado do segundo trimestre, ao mesmo tempo em que atualizou o guidance de geração de caixa para a unidade de US$ 270 milhões em 2025, para US$ 493 milhões até o final de 2026.
Com o momento atual nos Estados Unidos, foi necessária uma mudança de direcionamento na companhia, saindo do crescimento, para a redução de alavancagem que levou à operação atual.
“Foi importante ter uma ancoragem (das expectativas do mercado)… tinha investidor que imaginava que teria uma perda muito menor e investidor que imaginava uma perda muito maior do que efetivamente vai ter”, disse o diretor financeiro do grupo.
Em reunião com analistas na semana passada, após divulgação de novas estimativas para a Resia, executivos da MRV&Co disseram não esperar qualquer novo “impairment” nos próximos meses.
A Resia, operação do grupo nos Estados Unidos, apresentou uma geração de caixa de US$ 39,3 milhões no segundo trimestre, versus consumo de US$ 65,9 milhões no mesmo período de 2024.
Desde então, os papéis da MRV apresentaram alta por duas sessões consecutivas, fechando com valorização de 2,96%, a R$ 6,27 nesta segunda.
VISÃO DO MERCADO
As ações da MRV&Co caíam 6% na abertura do pregão desta terça-feira, após divulgar no dia anterior os números de vendas líquidas e lançamentos do segundo trimestre.
Analistas da XP afirmam que os números ligeiramente positivos foram parcialmente neutralizados pela queima de caixa, “que ainda não atingiu um ponto de inflexão e pode continuar a pesar sobre a tese de investimento”.
A MRV&Co tinha a maior queda no índice Bovespa , que caía 0,4%.
Informações Infomoney
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