Yduqs promove Rossano Marques a diretor-presidente em reorganização executiva

A Yduqs anuncia uma reorganização estratégica em sua liderança executiva.

O comunicado foi feiot pela companhia (BOV:USIM5) nesta quinta-feira (25).

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Rossano Marques, que atualmente é diretor financeiro da companhia, foi nomeado para assumir o cargo de diretor-presidente, substituindo Eduardo Parente, que passará a integrar o conselho de administração.

Para ocupar a posição deixada por Marques, Alexandre Aquino, diretor sênior de finanças da Yduqs, foi indicado como novo CFO. Marques deverá assumir oficialmente a presidência do grupo educacional a partir de 15 de agosto, conforme comunicado da empresa.

“O próximo capítulo será marcado pela continuidade da nossa estratégia de sucesso, com foco no uso intensivo da tecnologia, incluindo investimentos significativos em inteligência artificial. Também vamos explorar novas oportunidades de crescimento e dar um salto em serviços e ensino, adotando uma abordagem premium para todos os nossos segmentos”, destacou Marques no comunicado.

VISÃO DO MERCADO

<Às 11h21 (horário de Brasília), as ações da Yduqs recuavam 4,08%, cotadas a R$ 12,47. Embora a mudança na liderança já fosse aguardada por parte do mercado, sua concretização em um prazo tão curto surpreendeu alguns investidores.

O Goldman Sachs classificou a transição como neutra, avaliando que a sucessão representa um movimento natural após os sete anos de gestão de Eduardo Parente. Para o banco, a escolha de Rossano Marques — atual CFO — reforça a continuidade da estratégia da empresa, com foco em geração de fluxo de caixa, gestão eficiente de recebíveis e crescimento disciplinado, fundamentos centrais da tese de investimento da instituição. A permanência de Parente no conselho de administração também é vista como positiva, contribuindo para uma transição suave.

O Bradesco BBI compartilha uma leitura semelhante: a mudança é considerada neutra, sem impactos estratégicos ou operacionais relevantes. Segundo o banco, o processo de sucessão já vinha sendo discutido internamente pelo Conselho e pelo Comitê de Pessoas e Governança, o que reforça que a decisão não está ligada a eventuais resultados mais fracos no segundo trimestre. A Yduqs, inclusive, reafirmou seu compromisso com a meta de forte geração de lucro e caixa em 2025.

O BBI ainda ressaltou que Rossano é um executivo experiente, com sete anos de casa, tendo atuado como vice-presidente de operações antes de assumir as finanças. Atualmente, ele também lidera a área de tecnologia da companhia.

Já o Itaú BBA observou que, apesar das especulações sobre uma possível saída de Parente após sua nomeação para conselhos de outras empresas, a troca no comando da Yduqs não era esperada no curto prazo. Em conversa com a gestão após o anúncio, o banco destacou que a companhia reforçou sua intenção de manter a agenda atual, sem mudanças estratégicas previstas no curto ou longo prazo.

O JPMorgan, por sua vez, enfatizou a continuidade do plano estratégico, com foco na geração de caixa e na redução da alavancagem. Fusões e aquisições permanecem no radar, mas devem ocorrer de forma oportunista — especialmente em operações de menor porte, como apresentado no Investor Day de 2024. A expectativa é que, com a melhora do ambiente e a queda do custo de capital, a empresa retome investimentos em maior escala.

A companhia reforçou que o guidance segue inalterado e que o desempenho operacional está alinhado às expectativas. O banco também apontou que a Yduqs deverá dar ainda mais atenção à aplicação de inteligência artificial, tanto para aprimorar a experiência de aprendizagem quanto para ampliar a eficiência interna.

O JPMorgan manteve recomendação overweight (compra), com preço-alvo de R$ 22,50. Apesar da surpresa com a saída de Parente, considerado um CEO de destaque, o banco avaliou que Rossano Marques é bem visto pelo mercado e reforça a mensagem de continuidade.

Já o Itaú BBA reiterou recomendação market perform (neutro), com preço-alvo de R$ 18, enquanto o Goldman Sachs manteve posição neutra, com projeção de R$ 16 por ação.