Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caem no pré-mercado com tarifas de Trump e balanços corporativos mistos

Os índices futuros dos Estados Unidos recuavam acentuadamente na sexta-feira, 01 de agosto de 2025, refletindo temores renovados diante das tarifas comerciais ampliadas por Donald Trump e da previsão de lucro fraca da Amazon.

Às 08h03 (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones (DOWI:DJI) recuavam 489 pontos, ou 1,10%. Os futuros do S&P 500 caíam 74 pontos, ou 1,16%, enquanto os futuros do Nasdaq desvalorizavam 309 pontos, ou 1,32%. A taxa de retorno dos títulos do Tesouro de 10 anos subia para 4,392%.

As novas tarifas impostas por Donald Trump variam de 10% a 41%, atingindo inclusive produtos transbordados e elevando tributos para o Canadá de 25% para 35%. As medidas ampliaram a incerteza no mercado, num momento em que investidores já se mostravam cautelosos com a postura do Federal Reserve.

A Apple (NASDAQ:AAPL) destoou do pessimismo, com alta de 2% após divulgar crescimento expressivo nas vendas do iPhone. A Amazon, por sua vez, despencava mais de 7% após divulgar uma projeção operacional abaixo das expectativas.

O mercado também aguarda a divulgação do relatório de empregos dos EUA, previsto para esta manhã. As estimativas apontam para a criação de 100 mil vagas e uma elevação da taxa de desemprego para 4,2%, prevendo desaceleração do mercado de trabalho.

As tarifas e os dados econômicos geram dúvidas sobre o cenário de juros. Caso o relatório venha forte, pode reduzir a probabilidade de corte de taxas em setembro, frustrando as expectativas do mercado por estímulos adicionais.

Até o momento, o Dow Jones recua 1,7% na semana, enquanto o S&P 500 acumula queda de 0,8%. O Nasdaq tenta se manter estável, sustentado pela resiliência de algumas empresas de tecnologia.

Commodities

O contrato de minério de ferro mais negociado de setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China fechou o pregão diurno em baixa de 0,19% a US$ 108,60 a tonelada métrica, registrando uma queda semanal de 2,1%.

Às o8h00 (de Brasília), o ouro (PM:XAUUSD) subia 0,08% a US$ 3.351,50.

O petróleo bruto West Texas Intermediate para setembro operava em baixa de 0,82%, para US$ 68,69 por barril, enquanto o Brent para outubro recuava 0,78%, para US$ 71,14 por barril.

Dados econômicos

Na agenda econômica de hoje, às 09h30 (horário de Brasília), será divulgado o relatório de emprego dos EUA de julho, a taxa de desemprego e os dados de salários por hora.

Às 10h45, será publicado o PMI industrial final da S&P Global para julho. Às 11h, serão divulgados o índice ISM da indústria, os gastos com construção em junho, e o índice final de sentimento do consumidor referente a julho.

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Balanços trimestrais

Entre as empresas que divulgaram os números antes da abertura do mercado estão ExxonMobil (NYSE:XOM), Chevron (NYSE:CVX), Regeneron (NASDAQ:REGN), LyondellBasell (NYSE:LYB), T. Rowe Price (NASDAQ:TROW), Fluor (NYSE:FLR), Dominion Energy (NYSE:D), Colgate-Palmolive (NYSE:CL), CNH Industrial (NYSE:CNH), Xenia Hotels & Resorts (NYSE:XHR), entre outras.

Fechamento dos EUA de quinta-feira

Após abrirem em forte alta impulsionadas pelos bons resultados de Meta (+11,3%) e Microsoft (+4,0%), as bolsas dos EUA perderam fôlego e fecharam no vermelho. O Dow Jones caiu 330,30 pontos (−0,74%), o S&P 500 recuou 23,51 pontos (−0,37%) e o Nasdaq fechou em leve baixa de 7,23 pontos (−0,03%). Em julho, Nasdaq subiu 3,7%, o S&P 500, 2,2%, e o Dow, 0,1%.

A realização de lucros após recordes recentes e a cautela com tarifas comerciais pesaram no mercado. Investidores monitoraram falas do secretário do Tesouro e anúncios de Trump sobre novas tarifas. O setor de semicondutores caiu puxado pela queda da Qualcomm (−7,7%), enquanto o setor farmacêutico foi o destaque negativo.