EBITDA salta 172%, fluxo de caixa operacional cresce 5x e dívida recua; ações ficam estáveis, mas fundamentos chamam atenção do mercado
A Aura Minerals Inc. (BOV:AURA33) divulgou nesta quarta-feira (06/08) seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025 (2T25), O Lucro Líquido no 2T25 foi de US$8,1 milhões, representando uma melhora significativa em relação ao prejuízo líquido de US$(25,8) milhões no 2T24 e aos US$(73,2) milhões registrados no 1T25. Essa melhora em relação ao 2T24 e ao 1T25 foi impulsionada, principalmente, pelo aumento do Lucro Operacional no trimestre.
A Receita Líquida atingiu o recorde de US$190,4 milhões no 2T25, um aumento de 42% em relação ao 2T24 e de 18% frente ao 1T25, impulsionada principalmente pela valorização do preço do ouro. No 1S25, a Receita Líquida totalizou US$352,2 milhões, um aumento de 32% frente ao 1S24. O EBITDA Ajustado atingiu um novo recorde histórico de US$106,2 milhões no 2T25, marcando o quarto trimestre consecutivo de recorde reportado pela Aura. O desempenho foi impulsionado por uma combinação de preços mais altos do ouro, manutenção dos custos caixa sob controle e aumento no volume de vendas no 2T25 em comparação com o 1T25. Na comparação com o 2T24, o EBITDA Ajustado apresentou crescimento de 90%.
A produção total no 2T25 atingiu 64.033 onças equivalentes de ouro (GEO), um aumento de 7% em relação ao 1T25 e em linha com o mesmo período de 2024, considerando os metais à preços correntes. À preços constantes, a produção do trimestre apresentou crescimento de 9% em relação ao 1T25 e ao 2T24. Durante o trimestre, a Aura iniciou as operações da mina Borborema, a qual tem potencial para se tornar uma das maiores operações da Companhia, com um dos mais baixos Custos Caixa de produção. No acumulado do 1S25, a produção foi de 124.120 GEO, um aumento frente às 122.680 GEO produzidas no 1S24, a preços constantes. Esse volume representa 47% do limite inferior e 41% do limite superior do Guidance de 2025, reforçando a confiança da Companhia em atingir sua meta anual, mesmo com Borborema ainda em fase de ramp-up.
“Acreditamos que o segundo semestre trará uma melhoria operacional significativa. A Mina de Almas deve alcançar sua capacidade total em breve e esperamos avanço nas obras de Matupá”, afirmou Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals. “Continuamos comprometidos com a disciplina financeira e geração de valor para os acionistas”, completou.
A Dívida Bruta Total (curto e longo prazo) ao final do 2T25 foi de US$453,9 milhões, uma redução em relação aos US$467,7 milhões registrados ao final do 1T25. Essa redução foi impulsionada principalmente pela baixa de US$13,8 milhões referente à quitação da dívida com a Nemesia SARL.
A posição de caixa da Companhia permanece sólida, encerrando o trimestre em US$167,9 milhões, mesmo após a realização de investimentos na expansão das operações, o pagamento anual de tributos e a distribuição de dividendos.
O Capex consolidado da Companhia no 2T25 totalizou US$ 50,3 milhões.
A Dívida Líquida ao final do 2T25 foi de US$280,6 milhões, refletindo principalmente o Capex de US$50,3 milhões, concentrado nos pagamentos relacionados à construção do Projeto Borborema, e o pagamento de dividendos no valor de US$29,8 milhões. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela maior geração de caixa operacional no trimestre.
Na bolsa de valores brasileira (B3), as ações AURA33 estão cotadas a quarta-feira (06/08) cotadas a R$ 45,57, estáveis em relação ao pregão anterior. No acumulado do ano, os papéis acumulam queda de cerca de 12%, refletindo o cenário mais desafiador para o setor de mineração e a queda dos metais no mercado internacional.
A Aura Minerals (BOV:AURA33) é uma mineradora com foco em ouro, cobre e metais preciosos, operando minas na América Latina, especialmente no Brasil, México, Honduras e Colômbia. A empresa adota uma abordagem estratégica de crescimento orgânico e foco ESG, sendo reconhecida pelo seu modelo de gestão eficiente.
Para investidores que acompanham o setor de mineração na bolsa de valores, os resultados da Aura mostram resiliência em meio à volatilidade, com disciplina no controle da dívida e estratégia de longo prazo nas operações.
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