As recentes infusões de capital na Intel (NASDAQ:INTC) fortaleceram o balanço da empresa, mas também tornam improvável uma venda ou cisão de suas operações de fundição em curto prazo, de acordo com analistas do Bank of America (NYSE:BAC).

A Intel garantiu recentemente US$ 2 bilhões em capital do SoftBank a US$ 23 por ação e US$ 8,9 bilhões do governo dos EUA, representando uma participação de 9,9% a aproximadamente US$ 20,47 por ação.

O banco observou que o investimento do governo “representa uma mistura de novo capital recebido do primeiro e um adiantamento de subsídios concedidos anteriormente pelo CHIPS Act (US$ 5,7 bilhões) e do contrato Secure Enclave (US$ 3,2 bilhões)”.

Além disso, o governo dos EUA manterá um warrant de 5% a US$ 20 por ação, exercitável somente se a participação da Intel na Intel Foundry cair abaixo de 51% em cinco anos.

“Isso nos diz que é improvável que a Intel venda a maioria da IF pelos próximos 5 anos, mas ainda deixa em aberto a possibilidade de vender uma grande participação minoritária”, disseram os analistas.

O Bank of America (BOV:BOAC34) projeta que a alavancagem líquida da Intel aumentará de 0,3x a 0,4x em 2025 e 2026, atingindo 1,5x e 1,2x, respectivamente. No entanto, as previsões de fluxo de caixa livre foram reduzidas em US$ 3 bilhões para 2025 e US$ 2 bilhões para 2026 para levar em conta as mudanças na contabilização de subsídios.

Os analistas caracterizaram as transações como um “voto moderado de confiança por parte das empresas de tecnologia e dos EUA”, mas alertaram que “não abordam particularmente as preocupações sobre a competitividade da Intel a longo prazo, seja dentro da Intel Products… ou com a execução da Intel Foundry”.

Chamando as medidas de “positivas para o crédito”, o BofA reiterou sua classificação de Marketweight para os títulos da Intel e manteve uma visão Overweight para determinados títulos de longo prazo.

A Intel também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:ITLC34).

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