A petroleira Brava Energia reverteu prejuízo e fechou o 2T25 com lucro líquido de R$1,05 bilhão, Ebitda recorde de R$1,33 bilhão e produção recorde impulsionada pelos campos Atlanta e Papa-Terra
A Brava Energia (BOV:BRAV3) surpreendeu o mercado com um sólido desempenho financeiro e operacional no segundo trimestre de 2025. A petroleira reportou lucro líquido de R$1,05 bilhão, revertendo um prejuízo de R$582,1 milhões registrado no mesmo período do ano passado, impulsionada por recordes sucessivos em produção, receita e margens.
O avanço significativo nos resultados reflete uma trajetória consistente de crescimento da companhia, com foco em disciplina financeira, aumento de eficiência operacional e entregas relevantes nos campos Atlanta e Papa-Terra. A redução do capex e o reforço de caixa apontam para uma gestão estratégica voltada à geração de valor e à desalavancagem.
Entre abril e junho, o Ebitda ajustado da Brava atingiu o recorde de R$1,33 bilhão, alta de 29% frente ao segundo trimestre de 2024.
A receita líquida somou R$ 3,14 bilhões, com leve crescimento de 0,4%. . O resultado é composto por: upstream com R$ 2.479,4 milhões, sendo 62% referente ao offshore e 38% ao onshore, que contemplam, majoritariamente, a venda de petróleo, gás natural e líquidos do processamento do gás natural, downstream com R$ 1.377,6 milhões, que abrange a venda de produtos derivados, prestação de serviço de processamento de gás, estocagem e utilização do terminal aquaviário, e eliminações em R$ 714,6 milhões, referentes a transações intercompany, venda de óleo e gás natural e prestação de serviços entre subsidiárias da estrutura organizacional Brava.
A produção média diária subiu 21,3%, alcançando 85,9 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Em julho, esse número já estava próximo de 91 mil boe/d.
Atlanta foi responsável por 36 mil boe/d, o maior patamar desde o início da operação do campo. Já Papa-Terra produziu 19 mil boe/d, também um recorde desde sua aquisição. Com isso, o lifting cost caiu para US$17,4 por boe, frente aos US$22,6 por boe de um ano antes. Para sustentar o crescimento, a empresa planeja perfurar quatro novos poços entre o fim deste ano e o início de 2026.
“Foi um trimestre repleto de coisas boas”, afirmou o CEO Decio Oddone. “Consolidamos entregas, aumentamos margens, melhoramos caixa e reduzimos endividamento. Agora, nosso foco é continuar a desalavancar e seguir com a entrega operacional”, completou.
O custo dos produtos vendidos (CPV) somou R$ 2.076,0 milhões (US$ 366,4 milhões) no 2T25, -7,7% A/A e +6,8% T/T.
As despesas gerais e administrativas (G&A) somaram R$ 155,1 milhões (US$ 27,4 milhões) no 2T25, – 39,2% A/A e -17,1% T/T, considerando os gastos exploratórios ocorridos no período de R$ 15,3 milhões, representando 9,9% do valor total do G&A neste período.
O resultado financeiro líquido do 2T25 foi positivo em R$ 626,7 milhões (US$ 114,8 milhões10), comparado a um resultado positivo em R$ 588,8 milhões no trimestre anterior.
A Brava renovou o seu recorde de produção trimestral no 2T25, alcançando média diária de 85,9 mil boe, +44,2% em relação ao 2T24 e +21,3% frente ao 1T25.
A produção média diária de óleo alcançou 71,7 mil barris (bbl/d) no 2T25, +47,5% A/A e +22,5% T/T, representando 83% da produção média do período. Já em julho, a produção de óleo atingiu 73,5 mil bbl/d, +2,6% quando comparado com o resultado do 2T25.
A produção média diária de gás atingiu 14,2 mil boe (2.255 mil m³/d) no 2T25, +29,5% A/A e +15,3% T/T, correspondente a 17% da produção média diária do período. Em julho, a produção de gás atingiu 17,4 mil boe/d, +22,6% quando comparado com o resultado do segundo trimestre de 2025.
A Brava registrou capex de R$ 757,8 milhões (US$ 133,7 milhões13) no 2T25, -14,5% T/T em reais, confirmando o segundo trimestre consecutivo com redução na linha de investimentos, em função da: fase final de implementação do projeto de Atlanta (Fase 1), a qual contemplou a perfuração de dois novos poços, a conexão de seis poços ao novo FPSO e a instalação de novos equipamentos submarinos, e redução da intensidade dos projetos de recuperação de integridade e campanhas de perfuração do segmento onshore.
A geração de caixa operacional somou R$ 1.608,6 milhões (US$ 294,8 milhões14), incluindo o resultado líquido positivo de R$ 78,3 milhões referentes aos contratos de hedge de petróleo.
Na bolsa de valores brasileira, as ações da Brava Energia encerraram a quarta-feira (06/08) cotadas a R$ 19,90, em leve queda de 1,87%. O papel oscilou entre R$ 19,73 e R$ 20,65 ao longo do pregão, após abrir a R$ 20,53. A reação moderada do mercado pode refletir realização de lucros após altas recentes, já que os fundamentos permanecem sólidos.
A Companhia encerrou o 2T25 com dívida líquida de R$ 8.937,0 milhões, -10,6% T/T, ou US$ 1.637,7 milhões, -6,0% T/T. Adicionalmente à dívida financeira, a Companhia possui compromissos (earn-outs) relacionados à aquisição de ativos do portfólio, incluindo parcelas diferidas e contingentes.
A Brava Energia (BOV:BRAV3) atua no setor de exploração e produção de petróleo e gás no Brasil. Seus principais ativos estão localizados nas bacias de Campos e Santos, com foco nos campos Atlanta e Papa-Terra. A empresa vem ganhando relevância no mercado por sua estratégia de crescimento sustentável, eficiência operacional e foco em retorno ao acionista.
Com o cenário operacional favorável e redução da alavancagem, a Brava Energia se posiciona como uma das apostas promissoras do setor de energia na bolsa de valores. Para acompanhar a evolução da empresa, visite a página de cotações, confira o gráfico de desempenho, analise os indicadores financeiros e participe do fórum da comunidade.
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.