O ministro da Economia e das Finanças da França, Eric Lombard, descartou nesta terça-feira (26/08) qualquer possibilidade de uma intervenção internacional para socorrer o país. A declaração foi publicada no X e reforçou a confiança do governo na capacidade da economia francesa de lidar com seus próprios desafios. Segundo ele, a França segue “financiando a nossa dívida sem dificuldades”.

“A situação das nossas finanças públicas exige calma e lucidez”, escreveu o ministro. “Hoje, não estamos sob a ameaça de nenhuma intervenção, nem do Fundo Monetário Internacional (FMI), nem do Banco Central Europeu (BCE), nem de nenhuma organização internacional”.

Lombard destacou que o governo precisa restaurar as contas públicas para superar o “desequilíbrio que está comprometendo nossa liberdade como nação”.

O pronunciamento também funcionou como resposta às declarações dadas mais cedo pelo ministro à rádio France Inter, além de dialogar diretamente com o ambiente de turbulência política que o país enfrenta. “O Parlamento terá uma escolha consciente a fazer. Não deve ser governado pela frivolidade nem pelo medo mas sim pelos interesses do país”, pontuou.

No cenário de mercado, as declarações de Lombard tendem a reduzir parte da pressão sobre os títulos públicos franceses, que vinham sendo monitorados de perto por investidores em meio ao debate fiscal. Além disso, a mensagem de estabilidade pode refletir em menor volatilidade no câmbio do euro (FX:EURUSD) e nos índices acionários da região, como o CAC 40 (EU:PX1) e o DAX (DBI:DAX).

Mesmo sem citar empresas específicas, o posicionamento do ministro reforça a tentativa de transmitir confiança ao mercado financeiro. O impacto imediato pode ser visto na expectativa de maior estabilidade para ativos europeus no curto prazo, ainda que a atenção siga voltada para os desdobramentos políticos e para as negociações dentro do Parlamento francês.

Atualmente, os mercados internacionais operam atentos ao tom fiscal adotado por países da União Europeia, e a fala de Lombard se soma a um conjunto de sinais que buscam mostrar compromisso com responsabilidade orçamentária. Esse tipo de mensagem ganha ainda mais peso em um momento de incertezas, servindo como termômetro para investidores que avaliam riscos em ativos europeus.