Varejista aponta impacto de despesas financeiras e alta do CDI; Ebitda ajustado cresce 26,5% e receita líquida avança 6% no período.
O Grupo Casas Bahia (BOV:BHIA3) encerrou o segundo trimestre de 2025 com prejuízo líquido de R$ 555 milhões, revertendo o lucro de R$ 37 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
O resultado foi pressionado por uma despesa financeira líquida de R$ 1,1 bilhão, reflexo principalmente da elevação do CDI médio de 10,5% para 14,5% e da ausência de um ganho contábil não recorrente de R$ 637 milhões, registrado em 2024.
Segundo o diretor financeiro, Elcio Ito, a companhia segue priorizando disciplina na execução e fortalecimento de margens.
“Mesmo com inflação e crescimento da receita, conseguimos reduzir despesas totais nominalmente, o que mostra consistência na estratégia”, afirmou. O Ebitda ajustado atingiu R$ 572 milhões, alta de 26,5%, com margem de 8,3%, o sétimo trimestre seguido de expansão.
A receita líquida subiu 6% na comparação anual, para R$ 6,87 bilhões, impulsionada por aumento de 8,7% nas vendas online e de 4,8% nas lojas físicas. O GMV total avançou 7,6%, para R$ 10,45 bilhões, com destaque para o marketplace, que cresceu 16,2% em categorias estratégicas como telefonia, eletrodomésticos e móveis.
O lucro bruto foi de R$ 2,1 bilhões, aumento de 3,8%, com margem bruta de 30,1% e redução de 0,6p.p. vs. 2T24. A redução da margem é resultado do maior crescimento do mercado online refletindo no mix de canal, menor penetração de serviços na receita no período e a contínua maior participação de celulares no mix de vendas já observado também no 1T25.
As despesas com vendas, gerais e administrativas no 2T25 apresentaram redução de 2,9%, mesmo diante do crescimento da receita e inflação no período, com melhora de 2,1p.p. em relação à receita líquida (22,8%). No trimestre, a menor despesa é explicada principalmente pela redução de (3,2%) nas despesas de vendas e (1,4%) nas despesas administrativas, com destaque na redução e melhora de despesas trabalhistas.
O resultado financeiro líquido foi de R$ 1,1 bilhão. Entendemos não ser comparável vs. 2T24, dado o efeito positivo de R$ 637 milhões referente à modificação da dívida no 2T24 e negativo de R$ (142) milhões no 2T25. O CDI médio do 2T24 para o 2T25 saiu de 10,5% para 14,5%, um aumento de 4p.p., sendo um relevante ofensor da variação da despesa financeira no período. Vale ressaltar, que apesar de contabilizar os juros das dívidas financeiras da debênture no resultado, a Cia não desembolsou caixa com juros no período, dado a carência prevista em seus instrumentos financeiros.
O crediário segue como diferencial competitivo e peça-chave no plano de médio e longo prazo. A carteira atingiu R$ 6,2 bilhões, alta de 11,3% em um ano, com inadimplência acima de 90 dias estável em 8,4%. A modalidade respondeu por 25% das vendas nas lojas físicas, 9% nos canais digitais e 17% no consolidado.
Foram fechadas 22 lojas, 9 da bandeira Casas Bahia e 13 da bandeira Pontofrio, totalizando 1.043 lojas ao final do período. Seguimos nosso Plano de Transformação que prevê rigoroso acompanhamento da performance de cada loja e CD’s, direcionando ações corretivas e, se necessário, encerrando operações que não geram valor.
O Grupo Casas Bahia é uma das maiores varejistas do Brasil, com atuação no comércio de eletrodomésticos, móveis, eletrônicos e utilidades, tanto em lojas físicas quanto no e-commerce. Entre os principais concorrentes estão Magazine Luiza (BOV:MGLU3).
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