O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (5) em alta de 0,14%, aos 133.151 pontos, embalado principalmente pelo bom desempenho de ações de peso como Itaú e Petrobras, mesmo em meio à crescente tensão política entre Brasil e Estados Unidos. O volume negociado foi de R$ 13,8 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 dias, que está em R$ 15,1 bilhões.
Apesar do cenário geopolítico desafiador, os investidores optaram por manter a calma. Os vértices da curva de juros avançaram até 9 pontos-base, acompanhando o movimento dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). Mais cedo, o Tesouro Nacional realizou leilão de pós-fixados, vendendo 1 milhão de NTN-Bs (de 1,05 milhão ofertadas) e apenas 212,6 mil LFTs de 650 mil.
O dólar futuro recuava 0,30% no fim da sessão, cotado a R$ 5,543, enquanto o índice DXY, que compara o dólar com outras moedas fortes, operava quase estável, com leve alta de 0,03%, aos 98,76 pontos.
No pano de fundo político, o mercado monitorava os desdobramentos da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada por Alexandre de Moraes. A Eurasia Group avaliou que a decisão antecipa uma condenação que já era vista como inevitável, e alertou para possíveis sanções dos EUA contra instituições e ministros brasileiros, prevendo manutenção da tarifa de 50% sobre produtos do Brasil.
Em evento público, o presidente Lula reagiu. Disse que Donald Trump “não tinha o direito de anunciar tarifas como fez” e informou que o governo recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as medidas. Lula também anunciou um plano de contingência para mitigar os impactos das tarifas, com foco na proteção de empresas e empregos locais.
No Congresso, a oposição respondeu à prisão de Bolsonaro com promessa de obstruir votações até que seja analisado o chamado “pacote da paz”, que inclui anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, pedido de impeachment de Moraes e o fim do foro privilegiado.
Na ata divulgada hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) destacou que o aumento das tarifas dos EUA pode ter efeitos relevantes em setores específicos, mas que os impactos macroeconômicos ainda são incertos. O tom da ata foi cauteloso, com a autoridade monetária indicando que manterá a taxa Selic em nível elevado por um período prolongado.
A XP interpretou o comunicado como conservador, sinalizando que o recente alívio da inflação ainda não é suficiente para justificar cortes nos juros. A casa projeta a Selic em 15% até o início de 2026, com o primeiro corte em janeiro. Já o Itaú acredita que a economia está desacelerando conforme o esperado e também vê espaço para manutenção dos juros até o primeiro trimestre de 2026.
Na agenda econômica, o PMI de serviços recuou a 46,3 em julho, menor nível em mais de quatro anos, sinalizando retração do setor. “O dado mostra uma espécie de paralisação nos negócios, que pode estar associada ao clima eleitoral antecipado para 2026”, avaliou José Faria Júnior, da Wagner Investimentos.
Com o setor industrial também em retração, o PMI composto do Brasil caiu de 48,7 para 46,6 no mês.
No noticiário corporativo, a BRF aprovou em assembleia a incorporação de ações pela Marfrig. A decisão agora segue para aprovação dos acionistas da Marfrig, em assembleia marcada também para hoje.
Os balanços de empresas como BB Seguridade, Klabin e Embraer também movimentaram o mercado, além da atualização de produção da petroleira Prio.
Entre os destaques do dia, as ações preferenciais do Itaú subiram 1,10%, enquanto as ordinárias e preferenciais da Petrobras avançaram 0,80% e 0,47%, respectivamente. No ranking das maiores altas percentuais, apareceram Brava ON (+5,74%), Hapvida ON (+4,65%) e Petz ON (+3,72%).
Já entre as maiores quedas do índice estavam CSN ON (-2,82%), Klabin Units (-2,56%) e Assaí ON (-2,54%).
No cenário internacional, os preços do petróleo Brent recuavam 1,59%, a US$ 67,67 o barril, com o aumento da oferta pela Opep+ e a demanda global mais fraca pesando mais do que as ameaças de Trump à Índia sobre as compras de petróleo russo.
O minério de ferro, por sua vez, subiu 1,20% na madrugada, cotado a US$ 111,21 por tonelada em Dalian, impulsionado por novas medidas do governo chinês para conter excesso de capacidade em setores como o de aço.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/08/2025 | -0,48% | 132.437,39 | R$ 45,4 bilhões |
02/08/2025 | 0,40% | 132.971,20 | R$ 15,2 bilhões |
05/08/2025 | 0,14% | 133.151,30 | R$ 18,8 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Ambipar (AMBP3)
A Ambipar Participações e Empreendimentos SA confirmou nesta segunda‑feira (05/08/2025) a aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, do desdobramento de suas ações ordinárias na proporção de 1 para 10. Saiba mais…
BB Seguridade (BBSE3)
A BB Seguridade, holding de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil, reportou no segundo trimestre de 2025 (2T25) um lucro líquido de R$ 2,2 bilhões, representando alta de 12,2% em relação ao trimestre anterior. O resultado superou as expectativas e reforça o compromisso com a geração de valor aos acionistas. Saiba mais…
Copasa (CSMG3)
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa MG divulgou nesta segunda-feira (04/08) seus resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 254,8 milhões, crescimento de 7,2% em relação ao mesmo período de 2024. Saiba mais…
Embraer (EMBR3)
A Embraer SA registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), revertendo o lucro ajustado de R$ 415,7 milhões alcançado no mesmo período de 2024. Saiba mais…
Log CP (LOGG3)
A LOG Commercial Properties apresentou nesta terça-feira (05/08) seu balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), registrando lucro líquido de R$ 105,6 milhões, avanço de 11,3% em relação ao 2T24. Saiba mais…
Pague menos (PGMN3)
A Empreendimentos Pague Menos S.A. divulgou nesta segunda-feira (04/08) seu balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), registrando lucro líquido ajustado de R$ 60,2 milhões, alta de 36,2% na comparação com o mesmo período de 2024. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras anunciou a conclusão da venda da totalidade de sua participação nos campos de Cherne e Bagre, ambos localizados em águas rasas da Bacia de Campos, para a Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda. Saiba mais…
Prio (PRIO3)
A Prio, antiga PetroRio, divulgou nesta segunda-feira (05/08) seu relatório operacional preliminar referente ao mês de julho, com destaque para a produção média diária de 100,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Saiba mais…
Sabesp (SBSP3)
A Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, recebeu uma multa de R$ 22,7 milhões da Arsesp, agência reguladora paulista, após um vazamento de esgoto atingir o Rio Pinheiros na sexta-feira (01/08). Saiba mais…
Tegma (TGMA3)
A Tegma Gestão Logística S.A. apresentou nesta quarta-feira (04/08) seu balanço financeiro referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25), com lucro líquido de R$ 54,2 milhões, alta de 9,4% frente ao mesmo período de 2024. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)
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