O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, refletindo o maior apetite por risco no exterior. O índice avançou 0,40%, aos 132.971 pontos, impulsionado pela recuperação do S&P 500, que registrou sua maior alta diária desde maio, após os dados fracos do mercado de trabalho nos EUA elevarem as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve já em setembro.
Por aqui, o dólar futuro recuou 0,72%, cotado a R$ 5,541, enquanto o dólar à vista caiu 0,71%. A curva de juros doméstica também cedeu, com os vértices recuando até 13 pontos-base, após o Caged mostrar criação líquida de 166,6 mil empregos em junho — abaixo do consenso — reforçando os efeitos da política monetária contracionista.
O volume financeiro do pregão foi de R$ 11,5 bilhões, inferior à média dos últimos 50 dias (R$ 15,1 bilhões). Entre os destaques positivos do Ibovespa estiveram as ações da RD Saúde (+8,54%), Itaú (+1,06%) e Vale (+0,80%). RD Saúde foi impulsionada por relatório do Itaú BBA projetando crescimento com o fim da patente do Ozempic em 2026. Também figuraram entre as maiores altas Hapvida (+3,95%) e Vivara (+3,54%). Na ponta negativa, BRF (-3,40%), GPA (-2,87%) e Yduqs (-2,54%) lideraram as perdas.
No cenário político e comercial, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, informou que medidas em resposta às tarifas dos EUA serão anunciadas em 6 de agosto. Já o presidente Lula fará um pronunciamento em rede nacional na quarta-feira para abordar o impacto do tarifaço e reforçar a soberania nacional. Pesquisa Datafolha, divulgada no sábado, mostrou aprovação estável do governo, com 29%, e desaprovação em 40%.
No front monetário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o nível atual dos juros nominais (15%) como excessivamente restritivo e indicou que há espaço para revisar o ciclo de cortes. A mediana das projeções do Boletim Focus para a inflação ao final de 2025 recuou pela décima semana consecutiva, para 5,07%, diante da valorização do real e recuo nos preços no atacado.
Nos mercados globais, o petróleo Brent recuava 1,66%, a US$ 68,51, após a Opep+ anunciar aumento da produção em setembro. Já o minério de ferro avançou 0,76%, a US$ 109,61 a tonelada, com expectativa por estímulos do governo chinês, embora o Goldman Sachs projete o preço spot entre US$ 95 e US$ 100, diante de políticas chinesas abaixo do esperado.
A agenda econômica segue movimentada: a ata do Copom será divulgada nesta terça-feira às 8h, enquanto investidores seguem atentos aos desdobramentos da disputa comercial global, com nova ameaça tarifária de Donald Trump à Índia, o que também gera cautela em relação ao Brasil.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/08/2025 | -0,48% | 132.437,39 | R$ 45,4 bilhões |
02/08/2025 | 0,40% | 132.971,20 | R$ 15,2 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Alliança Saúde (AALR3)
A Alliança concluiu a aquisição da Cura – Centro de Ultrassonografia e Radiologia. O valor base da transação foi ajustado para R$ 1,00, e a Cura manteve uma dívida financeira remanescente de R$ 20 milhões junto à cooperativa Unicred, com vencimento em julho de 2038, juros anuais de CDI + 2,43%, pagamentos mensais e garantia por cessão de recebíveis no valor de R$ 1,2 milhão por mês. Saiba mais…
Aura Minerals (AURA33)
A Aura Minerals comunicou que pretende solicitar a deslistagem voluntária de suas ações ordinárias da Bolsa de Valores de Toronto (TSX). Saiba mais…
Azul (AZUL4)
A companhia aérea brasileira Azul anunciou a assinatura de um acordo com alguns investidores para um aporte de US$ 650 milhões, que será formalizado em um futuro acordo de capitalização. Saiba mais…
Brava Energia (BRAV3)
A Brava Energia alcançou uma produção média diária de 90,943 mil barris de óleo equivalente (boe) em julho, superando os 87,207 mil boe/d registrados em junho e renovando seu recorde mensal, conforme dados preliminares. Saiba mais…
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3)
A maioria dos acionistas minoritários da BRF aprovou a proposta de combinação de negócios com a Marfrig, segundo fato relevante divulgado no sábado. A união das duas companhias dará origem a uma nova gigante global do setor de alimentos, com operações distribuídas por América do Sul, América do Norte, Oriente Médio e China. Saiba mais…
Cemig (CMIG4)
A Cemig informou que recebeu autorização do governo de Minas Gerais para que o BNDES inicie um processo de Request for Information (RFI). Saiba mais…
Copel (CPLE6)
A Copel comunicou que recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para suspender, por até 15 dias, o prazo de antecedência da convocação de sua assembleia geral extraordinária (AGE), inicialmente marcada para a próxima segunda-feira, dia 4. Saiba mais…
Fleury (FLRY3)
O Fleury, por meio de sua subsidiária Instituto Hermes Pardini, concluiu a compra de 100% das quotas do Hemolab Laboratório de Patologia Clínica. Saiba mais…
Minerva (BEEF3)
A Minerva, principal exportadora de carne bovina da América do Sul, finalizou com êxito sua 17ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e do tipo quirografária, totalizando R$ 2 bilhões. Saiba mais…
Motiva (MOTV3)
A Motiva, a antiga CCR, assinou acordo para modernização do contrato da concessão da rodovia Motiva Pantanal, no Mato Grosso do Sul. Saiba mais…
WEG (WEGE3)
A WEG anunciou um investimento de cerca de R$ 160 milhões na ampliação e verticalização da produção de motores elétricos em sua fábrica localizada em Linhares, no Espírito Santo. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)
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