O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda de 0,13% na terceira quadrissemana de agosto, conforme divulgado nesta segunda-feira (25/08). O resultado representa uma desaceleração em relação à alta de 0,09% vista na quadrissemana anterior. No acumulado de 12 meses, a inflação medida pelo índice está em 4,08%, enquanto no ano já soma avanço de 2,93%.
Entre as oito classes de despesa avaliadas pelo IPC-S, sete apresentaram desaceleração ou recuo: Habitação (de 0,18% para -0,34%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,44% para -0,94%), Despesas Diversas (de 1,08% para 0,65%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,73% para 0,61%), Alimentação (de -0,31% para -0,42%), Transportes (de -0,29% para -0,30%) e Comunicação (de 1,08% para 1,03%). Apenas Vestuário mostrou aceleração, passando de 0,01% para 0,38%.
As maiores contribuições para a queda do índice vieram de passagem aérea (de -5,02% para -9,39%), energia elétrica (de 0,63% para -2,51%) e gasolina (de -0,93% para -0,90%). Já as pressões de alta foram puxadas por jogo lotérico (de 13,23% para 8,83%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (mantido em 2,45%) e plano e seguro de saúde (de 0,41% para 0,44%).
Para o mercado financeiro, o recuo do IPC-S é interpretado como um sinal positivo, pois reforça a percepção de alívio inflacionário no curto prazo. Esse movimento pode impactar as expectativas em torno da política monetária, abrindo espaço para cortes mais consistentes da taxa básica de juros. Em contrapartida, a manutenção de itens de serviços em patamares elevados ainda mantém cautela sobre o ritmo dessa trajetória.
Na bolsa de valores, indicadores como o IPC-S influenciam diretamente as expectativas dos investidores sobre a Selic e, consequentemente, sobre ativos de renda fixa e de risco. Em momentos de queda da inflação, setores sensíveis ao crédito, como varejo e construção civil, podem ganhar fôlego, enquanto o câmbio e os títulos públicos ajustam-se às novas projeções de política monetária.
Embora não haja cotação específica associada ao índice, os números divulgados pela FGV ganham relevância no atual contexto de monitoramento da trajetória da inflação. Esse dado reforça a atenção de investidores e do Banco Central em relação ao equilíbrio entre preços, juros e crescimento econômico.
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