Os mercados de petróleo recuavam na quarta-feira, 13 de agosto de 2025, enquanto os investidores avaliavam os últimos dados de estoque dos EUA antes de uma reunião de alto risco entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin.
Às 12h17 (horário de Brasília), o petróleo Brent para outubro caiu 1,15%, para US$ 65,36 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) para setembro recuou 1,39%, para US$ 62,29 o barril.
Ambas as referências caíram na terça-feira, após o Instituto Americano de Petróleo (API) reportar um aumento de 1,5 milhão de barris nos estoques de petróleo dos EUA, superando as previsões de uma queda de 0,8 milhão de barris.
Os dados levantaram preocupações de que a demanda por combustível nos EUA possa estar diminuindo com o fim da movimentada temporada de viagens de verão. O relatório oficial de estoque da EIA é esperado para o final da quarta-feira.
Foco nas negociações entre Trump e Putin
Os comerciantes de petróleo estão acompanhando de perto a próxima reunião no Alasca entre Trump e Putin, com o objetivo de explorar soluções para o fim do conflito na Ucrânia.
A reunião ocorre em um momento em que Washington ameaça impor sanções adicionais ao petróleo russo, incluindo potenciais tarifas sobre compradores importantes, como Índia e China. Trump já havia proposto uma tarifa de 50% sobre as importações de petróleo da Índia.
Do lado russo, as autoridades mantiveram as condições anteriores para o fim da guerra, incluindo a retirada total das forças ucranianas das regiões ocupadas e o abandono das aspirações à OTAN.
A Rússia controla atualmente 19% da Ucrânia, incluindo Crimeia, Luhansk, mais de 70% de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson, além de partes de Kharkiv, Sumy, Mykolaiv e Dnipropetrovsk.
Analistas do ING disseram que o resultado da reunião pode aliviar algumas incertezas no mercado relacionadas às sanções.
Pressões de oferta e demanda
Relatórios recentes da Agência de Avaliação de Energia (EIA) e da OPEP sugerem que a oferta global de petróleo aumentará nos próximos meses, aumentando a pressão sobre os preços. A OPEP elevou ligeiramente sua previsão de demanda para 2026, refletindo um otimismo cauteloso.
A Agência Internacional de Energia (AIE) elevou sua previsão de crescimento da oferta de petróleo para este ano, mas rebaixou as projeções de demanda, citando o fraco consumo de combustível nas principais economias.
“A confiança do consumidor permanece baixa e uma forte recuperação da demanda parece improvável”, afirmou a agência com sede em Paris, alertando para um mercado com excesso de oferta.
Enquanto as sanções dos EUA à Rússia continuam a se impor, a maior produção e a demanda mais fraca pesaram sobre os preços do petróleo bruto ao longo de 2025.
Enquanto isso, a OPEP+ aumentou a previsão de demanda para o próximo ano, mas reduziu as expectativas de crescimento da oferta dos EUA e de outros produtores não pertencentes à OPEP, apontando para um mercado um pouco mais restrito no futuro.
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