Preços do petróleo sobem com a aproximação da reunião entre EUA e Rússia e o peso dos dados de inflação

Os preços do petróleo subiam durante o pré-mercado dos EUA na segunda-feira, 11 de agosto de 2025, recuperando parcialmente a forte queda da semana passada em meio à crescente expectativa pelas próximas negociações entre os Estados Unidos e a Rússia, que podem sinalizar uma redução do conflito na Ucrânia.

Para aumentar a pressão, a China — a maior consumidora de petróleo do mundo — divulgou dados de inflação de julho que ficaram aquém das expectativas, mostrando pouco ímpeto na recuperação econômica. Isso, somado a vários indicadores econômicos fracos recentes, deixou os investidores cautelosos quanto à demanda futura por petróleo.

Às 08h59 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent com vencimento em outubro subiam 0,56%, para US$ 66,96 o barril, e os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) subiam 0,58%, para US$ 64,25 o barril. Ambas as referências registraram perdas superiores a 4% na semana passada.

Foco na Cúpula EUA-Rússia e sanções

Uma cúpula de alto nível está marcada para 15 de agosto, quando o presidente dos EUA Donald Trump se encontrará com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir possíveis soluções para a guerra na Ucrânia.

Enquanto isso, os EUA intensificaram os esforços para limitar as exportações de petróleo russo, impondo tarifas a compradores importantes como China e Índia.

O governo Trump impôs tarifas de até 50% à Índia para desencorajar a compra de petróleo russo e sugeriu medidas semelhantes contra a China. Embora essas ameaças tarifárias tenham dado algum suporte aos preços do petróleo na semana passada, preocupações mais amplas com as políticas comerciais dos EUA pesaram sobre o sentimento do mercado.

A inflação na China decepciona; o IPC dos EUA é aguardado

O índice de preços ao consumidor (IPC) da China em julho não apresentou crescimento, enquanto os preços ao produtor se contraíram mais do que o previsto, indicando tendências deflacionárias em curso.

Esses números refletem os efeitos moderados dos programas de estímulo de Pequim e o recente alívio das tensões comerciais com os EUA. Condições climáticas adversas durante julho podem ter prejudicado a atividade econômica na China.

Todos os olhares se voltam agora para o relatório do IPC dos EUA referente a julho, previsto para terça-feira. Qualquer indicação de arrefecimento da inflação pode aumentar as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) corte as taxas de juros em setembro.

Dado o status dos EUA como o maior consumidor global de petróleo e as potenciais pressões tarifárias sobre os preços, esses dados serão acompanhados de perto.

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