A Qantas Airways foi condenada pelo Tribunal Federal da Austrália a pagar uma multa recorde de A$ 90 milhões (US$ 59 milhões ou R$ 318,14 milhões) por demitir ilegalmente cerca de 1.820 trabalhadores de solo durante a pandemia de Covid-19, uma conclusão de uma batalha judicial de anos do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes.
O juiz Michael Lee classificou as ações da companhia como a “mais grave violação” da Lei do Trabalho Justo, destacando que a penalidade tem caráter de dissuasão para outras empresas. Segundo ele, qualquer valor inferior não alcançaria o efeito de impedir violações semelhantes no futuro.
Do total, A$ 50 milhões serão destinados diretamente ao sindicato, que liderou o processo, enquanto parte do restante poderá ser distribuída aos trabalhadores prejudicados. A multa se soma ao acordo firmado em 2024, quando a Qantas pagou A$ 120 milhões em indenizações após perder recursos judiciais.
A terceirização das operações de solo ocorreu em 2020, no auge da pandemia, sob a gestão do então CEO Alan Joyce. A empresa alegava dificuldades financeiras diante do colapso global da aviação. O sindicato, no entanto, sustentou que a medida buscava evitar negociações salariais e possíveis greves.
O juiz Lee também criticou a cultura corporativa da Qantas, descrevendo sua defesa como “implacável e agressiva”. Ele questionou se o arrependimento demonstrado pela companhia era genuíno ou apenas “remorso performático” motivado por danos à reputação.
A atual CEO, Vanessa Hudson, afirmou que a empresa aceita a decisão e pediu desculpas públicas aos ex-funcionários. Ela declarou que a Qantas tem trabalhado para reconstruir a confiança com empregados e clientes, após anos de desgaste em sua imagem.
O caso se soma a outros escândalos recentes envolvendo a aérea, incluindo multas por venda de passagens em voos cancelados. Especialistas destacam que, apesar do impacto financeiro, a decisão judicial é sobretudo um golpe na reputação da companhia.
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