Companhia aérea busca eliminar US$ 2 bilhões em dívidas e prevê aporte de até US$ 950 milhões, com apoio da United e da American Airlines; ações AZUL4 sobem mais de 7% nesta terça-feira (17/09).

A Azul S.A. (BOV:AZUL4) deu um passo importante em sua reestruturação financeira ao apresentar, na terça-feira (17/09), à Justiça de Nova York, seu plano de reorganização no âmbito do Chapter 11, equivalente à recuperação judicial no Brasil. A proposta prevê a eliminação de US$ 2 bilhões em dívidas do balanço, reforço de capital e novas condições para sustentar o crescimento futuro da companhia aérea.

O plano da Azul inclui uma oferta de subscrição de ações (Equity Rights Offering) de até US$ 950 milhões, dos quais US$ 650 milhões já contam com garantia de um grupo de credores. Além disso, parceiras estratégicas como United Airlines (NASDAQ:UAL) e American Airlines (NASDAQ:AAL) se comprometeram a apoiar a reorganização, com aportes que podem variar entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões.

Segundo comunicado da empresa, a Azul conseguiu utilizar o Chapter 11 como alavanca para “transformar efetivamente seus negócios e simplificar seu balanço patrimonial”. A aérea reforçou ainda que espera sair do processo como uma companhia mais competitiva e global, mantendo a disciplina de custos conquistada durante a reestruturação.

No pregão desta terça-feira (17/09), as ações AZUL4 operam em forte alta. Por volta de 13h37, os papéis eram negociados a R$ 1,50, em valorização de 7,91%, após abrirem a R$ 1,40 e alcançarem a máxima de R$ 1,55. O volume negociado já ultrapassava 54,3 milhões de ações, refletindo o otimismo do mercado com o avanço da reestruturação.

A Azul é uma das principais companhias aéreas do Brasil, com atuação relevante no transporte de passageiros e cargas. A empresa concorre diretamente com Gol (BOV:GOLL4) e Latam no mercado doméstico, além de manter rotas internacionais para América do Sul, América do Norte e Europa.

Com a sinalização de que pode emergir do Chapter 11 até o início de 2026, a expectativa dos investidores é de que a Azul volte a ganhar fôlego no setor aéreo.