Subsidiária lucrativa pode destravar valor ao acionista, enquanto inadimplência do agro pressiona balanço; ações BBAS3 recuam nesta quinta-feira (25/09) na bolsa de valores
O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) estuda a realização de um IPO do BB Consórcios como alternativa para reforçar capital e mitigar parte da pressão regulatória esperada para 2026. A informação foi destacada durante o Dia do Investidor do banco, realizado em Nova York, quando a gestão reconheceu os desafios do horizonte de curto e médio prazo, mas reafirmou a estratégia de preservar a rentabilidade e manter dividendos mínimos em 30%.
O BB Consórcios foi descrito pelo Goldman Sachs como “altamente lucrativo” e, em 2024, respondeu por 2% das receitas e 4% do lucro líquido do banco. Segundo a Genial Investimentos, a abertura de capital da subsidiária poderia aliviar cerca de 105 pontos-base de impacto no índice de capital principal (CET1) previsto para 2026.
Além do spin-off, o Banco do Brasil reforçou que está ajustando a concessão de crédito rural, setor que concentra 52% da inadimplência recente, especialmente em soja, milho e pecuária. O banco intensificou o uso de Inteligência Artificial, aumentou garantias com alienação fiduciária (já presente em 60% dos desembolsos do Plano Safra 25/26) e passou a ser mais seletivo nos novos financiamentos.
No encontro, a diretoria destacou que a geração orgânica de lucros segue como principal fonte de capitalização, mas não descartou dividendos extraordinários caso a rentabilidade melhore. Analistas do JPMorgan e Goldman Sachs mantiveram recomendação neutra para BBAS3, enquanto o Morgan Stanley reforçou visão positiva, citando um ROE projetado de 15% em 2026.
No pregão desta quinta-feira (25/09), as ações do Banco do Brasil (BBAS3) operam em queda, cotadas a R$21,91 (-0,90%) por volta das 14h23. O papel abriu o dia a R$22,17, chegou à máxima de R$22,17 e mínima de R$21,85. No acumulado de 52 semanas, BBAS3 varia entre R$18,12 e R$30,04.
Fundado em 1808, o Banco do Brasil é uma das maiores instituições financeiras da América Latina, com atuação em varejo, atacado, agronegócio, consórcios, seguros e gestão de ativos. Seus principais concorrentes incluem Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11).
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