O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE registrou alta de 0,7 ponto em setembro, chegando a 92,3 pontos, após dois meses consecutivos de queda. Apesar desse alívio, a média móvel trimestral do indicador mostrou retração de 0,6 ponto, evidenciando que o setor ainda enfrenta desafios relevantes.
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No terceiro trimestre, os empresários da construção demonstraram maior pessimismo em relação à atividade. O movimento foi observado nos três grandes segmentos do setor. Ainda assim, o período encerrou com avanço no Índice de Expectativas, sustentado por uma visão mais positiva sobre a demanda futura. Essa melhora contribuiu para reduzir a intenção de demissões, amenizando a desaceleração observada nos últimos meses. “A volatilidade do indicador reflete um cenário de incertezas, mas ainda assim o percentual de empresas que projeta crescimento da demanda se mantém acima do que aponta queda desde abril de 2021. Ou seja, desde então, prevalece a percepção de que a atividade continuará a crescer ainda que em ritmo menor”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
O avanço do ICST em setembro foi impulsionado apenas pelo componente das expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 0,2 ponto, para 91,9 pontos, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2022 (91,4 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,5 ponto, alcançando 92,9 pontos.
Dentro do ISA-CST, os componentes caminharam em direções opostas: o indicador de situação atual dos negócios subiu 1,0 ponto, para 91,9 pontos, enquanto o volume de carteira de contratos caiu 1,5 ponto, para 91,8 pontos. Do lado do IE-CST, ambos os indicadores tiveram alta: a demanda prevista para os próximos três meses avançou 1,2 ponto, chegando a 94,0 pontos, e a tendência dos negócios para os próximos seis meses cresceu 1,8 ponto, para 91,7 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da construção registrou alta de 0,6 ponto percentual, atingindo 78,8%. Os índices específicos também apresentaram melhora: o NUCI de Mão de Obra subiu 0,8 ponto percentual, para 80,4%, e o NUCI de Máquinas e Equipamentos avançou 0,4 ponto percentual, para 73,7%.
No mercado financeiro, indicadores como o ICST funcionam como termômetros para avaliar o ritmo da atividade econômica. O desempenho mais otimista das expectativas pode influenciar a percepção de risco dos investidores e impactar ativos ligados ao setor de construção, como ações de incorporadoras e construtoras, além de refletir no mercado de títulos e câmbio, especialmente diante das perspectivas de crescimento mais contido.
Ainda que não haja cotações específicas anexadas, os números divulgados pelo FGV IBRE reforçam a relevância da confiança empresarial como variável de peso para a avaliação do momento econômico, em especial no setor da construção, que é sensível às condições de crédito, emprego e renda.
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