A confiança do empresariado industrial brasileiro recuou em setembro de 2025, revelando um cenário de preocupação generalizada. Segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) Setorial, divulgado nesta quinta-feira (25/09) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 12 setores registraram queda na confiança e 27 das 29 áreas pesquisadas se mostraram pessimistas em relação à economia e aos próprios negócios.
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Em uma escala em que valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança, os setores de madeira (42,1 pontos) e metalurgia (42,2 pontos) aparecem como os mais pessimistas. Na ponta oposta, o setor de farmoquímicos e farmacêuticos lidera o otimismo, com 58,9 pontos. “A indústria vem perdendo ritmo desde o início do ano, sobretudo, por causa das taxas de juros elevadas. Os juros altos reduziram a demanda por produtos cujas compras costumam ser parceladas pelos consumidores”, explica, em nota, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
De acordo com o levantamento, apenas os segmentos de farmoquímicos e farmacêuticos e de produtos diversos mantêm confiança acima da linha dos 50 pontos. Entre os portes de empresa, as grandes (47,2 pontos) registraram leve alta de 0,6 em relação a agosto, enquanto as pequenas (45,7 pontos) tiveram queda de 0,6. As médias marcaram 46,9 pontos, avanço de 0,9 no período.
Na análise regional, apenas o Nordeste (51,5 pontos) e o Centro-Oeste (50,8 pontos) mantiveram percepção positiva. O Sul apresentou o menor índice (43,8 pontos), apesar da alta de 0,2 em relação ao mês anterior. Já o Norte ficou estável em 47,9 pontos, e o Sudeste avançou 0,8 ponto, atingindo 45,3. No total, a pesquisa ouviu 1.768 empresas entre 1º e 10 de setembro, sendo 720 de pequeno porte, 626 de médio porte e 442 de grande porte.
O resultado reforça a expectativa de cautela no mercado financeiro brasileiro. Um nível de confiança tão baixo tende a impactar negativamente o mercado de ações, já que o pessimismo industrial pode sinalizar retração na produção e na geração de empregos. Esse cenário também pressiona o câmbio e os juros futuros, uma vez que indica menor dinamismo econômico no curto prazo.
Embora não haja cotação direta ligada ao Icei, a divulgação deste indicador amplia a percepção de incerteza entre investidores. No atual contexto do mercado financeiro brasileiro, o pessimismo da indústria funciona como um termômetro importante para antecipar movimentos de volatilidade em ativos como ações, títulos públicos e câmbio.
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