As ações europeias operavam em alta na quinta-feira, 18 de setembro de 2025, com os investidores reagindo ao corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed), com as atenções voltadas para a próxima reunião de política monetária do Banco da Inglaterra.

Às 7h09 (horário de Brasília), o índice DAX da Alemanha subia 1,21%, o CAC 40 da França subia 1,18% e o FTSE 100 do Reino Unido subia 0,19%. O Stoxx 600 subia 0,77%.

Decisão do Fed aumenta apetite ao risco

Os mercados europeus acompanharam o bom momento observado na Ásia, onde o índice Nikkei 225 do Japão atingiu um novo recorde após o banco central dos EUA reduzir sua taxa básica de juros durante a noite e sinalizar a possibilidade de cortes adicionais.

Na quarta-feira, o Fed reduziu sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, para uma faixa de 4,00% a 4,25%, marcando sua primeira redução desde dezembro. O recém-nomeado governador Stephen Miran discordou, defendendo um corte maior, de 50 pontos-base.

As autoridades federais projetaram mais dois cortes antes do final do ano, em resposta às crescentes preocupações com o mercado de trabalho. O presidente do Fed, Jerome Powell, descreveu a situação como “desafiadora” para as autoridades, destacando que os riscos para a inflação permanecem enviesados ​​para cima, enquanto os riscos para o emprego estão inclinados para baixo.

Banco da Inglaterra se reúne

A medida do Fed prepara o cenário para o Banco da Inglaterra, que deverá manter as taxas de juros em 4% após o corte do mês passado — a quinta redução desde agosto de 2024.

Dados divulgados na quarta-feira indicaram que a inflação de agosto permaneceu em 3,8%, o nível mais alto em 19 meses e quase o dobro da meta de 2% do Banco da Inglaterra.

Isso provavelmente levará as autoridades do Banco da Inglaterra a manter as taxas, monitorando as pressões inflacionárias subjacentes do mercado de trabalho. O Banco do Japão também deverá manter as taxas de juros inalteradas na sexta-feira, em meio à crescente incerteza política.

Destaques Corporativos

Em notícias corporativas, a varejista britânica Next (LSE:NXT) relatou um aumento significativo no lucro do primeiro semestre, impulsionado por fortes vendas online e internacionais que compensaram o desempenho mais fraco das lojas físicas.

A empresa de engenharia Renishaw (LSE:RSW) registrou receita recorde e lucros ajustados mais fortes, apesar da fraca demanda em certos segmentos, mantendo uma perspectiva cautelosa, mas estável, para o novo ano fiscal.

A gigante de confeitaria Mars anunciou planos de investir € 1 bilhão (US$ 1,18 bilhão) em suas operações na UE até o final de 2026, visando iniciativas de manufatura, sustentabilidade e inovação.

Mercados de petróleo reagem

Os preços do petróleo bruto recuaram na quinta-feira, após ganhos anteriores, atingindo máximas de duas semanas, com os investidores avaliando o corte de juros pelo Fed em meio a indícios de desaceleração do crescimento econômico dos EUA.

Às 07h15 (horário de Brasília), os contratos futuros do Brent para novembro recuavam 0,66%, para US$ 67,50 o barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate para outubro recuava 0,73%, para US$ 63,58 o barril.

O excesso persistente de oferta e a fraca demanda por combustível nos EUA, o maior consumidor mundial de petróleo, aumentaram a pressão. Dados da Administração de Informação de Energia (EIA) mostraram que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram acentuadamente na semana passada, com as importações líquidas atingindo uma mínima histórica, enquanto as exportações subiram para uma máxima de quase dois anos.

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