Embraer acelera estudos com combustível 100% renovável, e ações recuam na B3

A fabricante brasileira de aeronaves iniciou testes com SAF importado da Bélgica e mira operar com 100% de combustível sustentável até 2030; ação cai 0,96% nesta quinta-feira (25/09).

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A Embraer (BOV:EMBR3) anunciou nesta quinta-feira (25/09) que vai acelerar os estudos para que suas aeronaves possam voar com combustível de aviação sustentável (SAF) inteiramente de origem renovável, sem mistura com derivados fósseis. A iniciativa foi possível após a companhia adquirir o primeiro lote 100% SAF no Brasil, em parceria com a Vibra Energia (BOV:VBBR3).

O movimento reforça a estratégia da empresa em direção à descarbonização da aviação, em linha com metas globais do setor. Segundo a fabricante, o biocombustível pode reduzir em até 80% as emissões de carbono na indústria aeroespacial quando comparado ao querosene tradicional. Atualmente, as aeronaves da Embraer estão certificadas para operar com até 50% de mistura SAF.

“O acesso ao SAF no Brasil garante maior dinamismo na condução dos testes, realizados na sede da Embraer. Com mais esta ação, ficamos mais próximos da meta de ter nossas aeronaves aptas a operar com combustível 100% SAF até 2030”, destacou André Tachard, Global Head de ESG da companhia.

O lote utilizado foi importado da Bélgica e armazenado na base da Embraer no aeroporto Tom Jobim (GIG), no Rio de Janeiro. Até agora, os testes vinham sendo conduzidos apenas em laboratórios nos Estados Unidos e Europa, já que o Brasil ainda não dispõe de produção em escala do combustível renovável.

No pregão desta quinta-feira (25/09), as ações da Embraer (BOV:EMBR3) operam em queda, refletindo ajustes após recentes máximas. Por volta das 14h15, os papéis eram cotados a R$79,33, queda de 0,96% em relação ao fechamento anterior. A ação abriu o dia a R$80,03, atingiu máxima de R$80,03 e mínima de R$78,81, movimentando mais de 1,1 milhão de papéis.

A Embraer é a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, com forte presença no segmento de jatos regionais, defesa e aviação executiva. Seus principais concorrentes globais incluem Airbus (EPA:AIR) e Boeing (NYSE:BA). No Brasil, a companhia é considerada um dos símbolos da indústria de alta tecnologia e inovação.

O avanço nos estudos com SAF reforça o compromisso da companhia com a sustentabilidade e pode abrir novas frentes de receita no médio e longo prazo, especialmente diante das exigências ambientais do setor aéreo.