Os estoques comerciais de petróleo bruto nos Estados Unidos, sem considerar a Reserva Estratégica de Petróleo (SPR), registraram uma queda de 9,3 milhões de barris na semana encerrada em 12 de setembro, totalizando 415,4 milhões de barris, de acordo com o relatório divulgado pela Administração de Informação de Energia (EIA) na quarta-feira.

O levantamento também mostrou que a produção média de petróleo bruto processada pelas refinarias foi de 16,4 milhões de barris por dia (bpd), o que representa uma retração de 394.000 bpd em comparação com a semana anterior. As refinarias operaram com 93,3% de sua capacidade, enquanto a produção de gasolina recuou para uma média de 9,4 milhões de bpd.

As importações de petróleo bruto também recuaram, diminuindo 579.000 bpd para uma média de 5,7 milhões de bpd na semana. Já os estoques comerciais totais de petróleo, considerando outros derivados, tiveram aumento de 1,2 milhão de barris.

No mercado de energia, quedas significativas nos estoques costumam indicar pressão de oferta, o que pode sustentar altas no preço do Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) e do Óleo Brent (CCOM:OILBRENT). Ao mesmo tempo, a redução na utilização das refinarias e a queda nas importações sugerem um equilíbrio delicado entre oferta e demanda, capaz de gerar maior volatilidade no curto prazo.

Esse cenário reforça a relevância dos dados para o mercado internacional de petróleo, com impactos diretos sobre a precificação de contratos futuros no mercado BMF e no câmbio global, principalmente sobre a Paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL). A leitura de queda nos estoques pode fortalecer o preço do barril, pressionando moedas emergentes e ampliando a expectativa de movimentos em títulos soberanos atrelados à inflação.

No momento, o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) e o Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) refletem esses dados com oscilações acompanhadas de perto pelos investidores. O relatório da EIA ganha ainda mais importância diante da atual sensibilidade do mercado global de energia, que tem reagido de forma intensa às mudanças na oferta norte-americana.

Siga-nos nas redes sociais