A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que acompanha a variação de preços na cidade de São Paulo, registrou alta de 0,04% em agosto. O resultado representa uma desaceleração frente ao avanço de 0,28% em julho e também em relação à variação de 0,10% observada na terceira quadrissemana do mês passado, de acordo com os dados publicados nesta terça-feira (02/09) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O desempenho ficou dentro do intervalo projetado pelas instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast, que estimavam oscilação entre queda de 0,05% e alta de 0,16%. No entanto, a leitura veio abaixo da mediana esperada, de 0,11%.
Entre janeiro e agosto, a inflação acumulada pelo IPC-Fipe soma 2,35%. Já no recorte de 12 meses até agosto, o índice avançou 4,92%, número inferior à mediana das estimativas, de 4,99%.
Em agosto, quatro dos sete componentes do índice perderam força ou recuaram. Habitação passou de 0,58% em julho para 0,18% em agosto, enquanto Transportes migraram de uma alta de 0,82% para queda de -0,97%. Vestuário variou de 0,04% para -0,06% e Educação saiu de 0,36% para 0,01%.
Por outro lado, três grupos mostraram pressão inflacionária maior. Alimentação recuou em ritmo menor (de -0,48% para -0,11%), Despesas Pessoais aceleraram de 0,33% para 0,68%, e Saúde avançou de 0,70% para 1,06%.
Confira os resultados do IPC-Fipe em agosto:
- Habitação: 0,18%
- Alimentação: -0,11%
- Transportes: -0,97%
- Despesas Pessoais: 0,68%
- Saúde: 1,06%
- Vestuário: -0,06%
- Educação: 0,01%
- Índice Geral: 0,04%
Para os mercados, o dado reforça a percepção de inflação controlada na maior capital do país, o que pode influenciar as expectativas sobre a política monetária. Em um ambiente de preços mais comportados, abre-se espaço para discussões sobre o ritmo de cortes na taxa Selic, que impacta diretamente o mercado de renda fixa e o comportamento de ativos negociados na bolsa de valores.
No cenário atual, a desaceleração do IPC-Fipe reforça a leitura de que a pressão inflacionária segue contida em São Paulo, sinal relevante para investidores que acompanham os desdobramentos da economia brasileira.
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