Curva de juros recua nos vértices longos, refletindo alívio inflacionário local e apostas de corte de juros pelo Federal Reserve; contratos de curto prazo ficam estáveis, mantendo liquidez concentrada no DI Futuro.
Os juros futuros encerraram a sessão desta sexta-feira ([DATA]) em queda, com viés mais forte nos vértices longos da curva de juros. O movimento refletiu a combinação de fatores locais e externos: o Índice de Preços ao Produtor (PPI) registrou deflação de -0,30% em julho no Brasil, reforçando a percepção de alívio inflacionário, enquanto o Payroll dos EUA abaixo do consenso ampliou as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
Entre os destaques da curva de juros, os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) caíram -0,34%, encerrando a 13,93%. Já o vértice de janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) recuou -0,87%, fechando a 13,51%. No lado oposto, o único contrato a registrar leve avanço foi o de janeiro de 2026 (BMF:DI1F26), com alta de 0,04%, negociado a 14,89%.
Os contratos de curto e médio prazo, tradicionalmente os mais líquidos, concentraram os maiores volumes do pregão. O contrato de janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) movimentou mais de 771 mil negociações, seguido pelo de janeiro de 2027 (BMF:DI1F27), que somou 543 mil lotes, reforçando a preferência dos investidores pelos vértices mais líquidos do DI Futuro.
Na parte longa da curva de juros, a liquidez também foi relevante, ainda que menor. O contrato de janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) registrou 436 mil negócios, enquanto o de janeiro de 2028 (BMF:DI1F28) superou 344 mil. Esses vencimentos mais estendidos seguem como os mais sensíveis ao cenário fiscal brasileiro e às incertezas políticas, o que explica a forte reação ao ambiente externo mais benigno e ao PPI negativo doméstico.
O pano de fundo internacional adicionou volatilidade. Nos EUA, os Treasuries subiram após os dados fracos de emprego, derrubando o rendimento do título de 10 anos para 4,08%, mínima em cinco meses. Da China, sinais de retomada da produção industrial animaram as expectativas de crescimento, enquanto a queda de mais de 2% do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT), antes da reunião da Opep+, trouxe cautela para o setor de commodities.
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