MBRF aprova recompra de até 25 milhões de ações, na B3, para reforçar valor ao acionista

Companhia resultante da fusão entre Marfrig e BRF anuncia plano de recompra equivalente a 3,23% do free float; ação MBRF3 opera a R$19,85 nesta quarta-feira (24/09).

A MBRF Global Foods Company (BOV:MBRF3) anunciou nesta quarta-feira (24/09) que seu Conselho de Administração aprovou um novo programa de recompra de até 25 milhões de ações ordinárias, o que representa 1,74% do capital social e 3,23% do free float da companhia. O objetivo é otimizar a estrutura de capital, administrar de forma eficiente os recursos disponíveis e aumentar a geração de valor para os acionistas.

Apesar de a regulamentação permitir uma recompra de até 77,3 milhões de ações (10% do free float), a administração preferiu adotar um limite mais conservador, estabelecendo a recompra em 25 milhões de papéis. O prazo do programa vai até 24 de março de 2027.

A recompra será realizada na B3, podendo incluir instrumentos estruturados, como swaps, e terá como fontes de recursos reservas de lucro e capital, além do resultado do exercício corrente. Segundo a empresa, a operação não comprometerá o pagamento de dividendos obrigatórios, devido à forte geração de caixa e posição de liquidez confortável.

Atualmente, a companhia possui 773,7 milhões de ações em circulação e apenas seis em tesouraria. As instituições intermediárias responsáveis pela operação serão J.P. Morgan, Banco Safra e Santander.

No pregão desta quarta-feira (24/09), as ações da MBRF3 registravam alta de 0,76%, cotadas a R$19,85 às 14h11. O papel abriu o dia a R$20,12, atingiu máxima de R$20,36 e mínima de R$19,61, em um volume de 5,77 milhões de ativos negociados.

A MBRF é fruto da fusão entre Marfrig e BRF, criando uma das maiores companhias globais do setor de alimentos, com atuação em proteínas animais e presença em mais de 140 países. Entre seus principais concorrentes estão Minerva (BOV:BEEF3) e JBS (BOV:JBSS3).

Para os investidores, o movimento reforça a estratégia de fortalecimento da confiança no mercado e valorização dos papéis, com impacto esperado tanto no curto quanto no longo prazo.