Petrobras ajusta planos e se aproxima de licença para perfuração na Foz do Amazonas

Estatal confirma que só precisa reapresentar documentos revisados ao Ibama para avançar no projeto, visto como nova fronteira de petróleo e gás. Ações PETR4 operam em leve alta na B3.

A Petrobras (BOV:PETR4) afirmou nesta sexta-feira (26/09) que falta apenas a revisão e reapresentação dos planos solicitados pelo Ibama para obter a licença de perfuração na Foz do Amazonas, região apontada como uma das áreas de maior potencial para a abertura de uma nova fronteira de petróleo e gás no país.

Segundo a estatal, os documentos atualizados serão entregues ainda nesta semana, e a expectativa é de que, após análise do órgão ambiental, a autorização seja emitida. A Petrobras destacou ainda que foi sinalizada pelo Ibama sobre a necessidade de um novo simulado de emergência, a ser realizado durante a fase de perfuração, procedimento considerado padrão nos processos de licenciamento.

O avanço ocorre após a aprovação de um simulado em agosto, mesmo com ressalvas técnicas relacionadas ao resgate de animais em casos de derramamento de óleo. Apesar das críticas, o relatório foi interpretado positivamente pela companhia, que acredita na inevitabilidade da concessão da licença.

Nos bastidores, fontes ligadas à empresa indicam que a decisão pode vir antes da COP30, marcada para novembro em Belém, embora a realização da cúpula global do clima possa adicionar pressão política ao processo.

No pregão desta sexta-feira (26/09), as ações da Petrobras (PETR4) operam em leve alta de 0,12%, cotadas a R$ 32,40, após abrirem o dia a R$ 32,49. Na mínima, bateram R$ 32,39, e na máxima chegaram a R$ 32,74. Nos últimos 12 meses, os papéis oscilaram entre R$ 28,86 e R$ 40,76 na bolsa de valores.

A Petrobras é a maior empresa do setor de energia do Brasil, com atuação integrada em exploração, produção, refino, transporte e comercialização de petróleo, gás natural e derivados. Seus principais concorrentes incluem Shell, Chevron e Exxon Mobil, além de players nacionais de energia.

Para os investidores, o desfecho da licença pode representar um marco relevante na estratégia de crescimento da companhia, abrindo novas oportunidades de exploração.