Petróleo cai de máxima de sete semanas devido a preocupações com a demanda de inverno

Os preços do petróleo caíram na manhã de quinta-feira, 25 de setembro de 2025, recuando das máximas de sete semanas atingidas na sessão anterior, com os investidores garantindo lucros em meio às expectativas de demanda mais lenta durante o inverno e o retorno do fornecimento de petróleo bruto curdo.

Às 07h33 (horário de Brasília), os contratos futuros do Brent para novembro recuavam 0,50%, para US$ 68,96 o barril, e os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate para novembro recuavam 0,60%, para US$ 64,60 o barril.

Ambas as referências subiram 2,5% na quarta-feira, atingindo seus níveis mais altos desde 1º de agosto, impulsionadas por uma queda surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos EUA e preocupações com possíveis interrupções devido aos ataques da Ucrânia à infraestrutura energética russa.

“Os preços do petróleo estão acima das nossas expectativas”, disse Suvro Sarkar, líder da equipe do setor de energia do DBS Bank. “Esperamos que a realização de lucros se mantenha nos níveis atuais e que os preços do petróleo se moderem lentamente a partir de agora, à medida que entramos na temporada de menor demanda no inverno.”

Mais pressão veio das expectativas de oferta, com a produção iraquiana e curda prevista para aumentar no curto prazo.

“O retorno dos suprimentos curdos reforça os temores de uma narrativa de excesso de oferta, impulsionando uma retração nos preços que se aproximam da máxima em sete semanas”, disse Priyanka Sachdeva, analista sênior de mercado da Phillip Nova.

As exportações de petróleo do Curdistão iraquiano devem ser retomadas em breve, após um acordo firmado na quarta-feira entre oito empresas petrolíferas e os governos federal e regional curdo do Iraque.

Embora as preocupações com a oferta russa persistam, a Haitong Securities observou que os preços do petróleo têm sido sustentados pela ausência de pressão descendente substancial dos fundamentos da relação oferta-demanda nas últimas semanas. Com a desaceleração do pico de demanda, os preços ainda não refletem totalmente o potencial de excesso de oferta.

A cautela dos investidores em relação à demanda foi destacada pelos analistas do JPMorgan, que relataram na quarta-feira que o tráfego aéreo de passageiros dos EUA em setembro aumentou apenas 0,2% em relação ao ano anterior, uma desaceleração em relação ao crescimento de 1% nos dois meses anteriores.

“Da mesma forma, a demanda por gasolina nos EUA começou a diminuir, refletindo a moderação mais ampla nas tendências de viagens”, disseram os analistas.

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