Os preços do petróleo operavam estáveis na manhã de sexta-feira, 26 de setembro de 2025, prestes a registrar o maior ganho semanal em três meses, já que os ataques ucranianos à infraestrutura energética russa levaram Moscou a restringir os embarques de combustível e quase cortaram a produção de petróleo bruto.
Às 07h52 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para novembro caíam 0,10%, para US$ 69,35 o barril, enquanto o West Texas Intermediate para novembro caía 0,20%, para US$ 64,85 o barril.
“Os preços são apoiados pelos ataques contínuos de drones ucranianos contra a infraestrutura petrolífera russa, pelo aviso da OTAN à Rússia de que está pronta para responder a futuras violações de seu espaço aéreo e pela decisão da Rússia de interromper as principais exportações de combustível”, disse o analista do IG, Tony Sycamore.
O aumento desta semana marca o maior aumento semanal para ambos os índices desde a semana encerrada em 13 de junho, quando o Brent saltou 11,7% e o WTI subiu 13% em meio a tensões militares entre Israel e Irã.
O vice-primeiro-ministro Alexander Novak confirmou que a Rússia imporá uma proibição parcial à exportação de diesel até o final do ano e estenderá a proibição existente à exportação de gasolina. A queda na capacidade de refino deixou Moscou mais perto de cortar a produção de petróleo bruto, já que a escassez de certos tipos de combustível surgiu em diversas regiões.
“O alerta da OTAN sobre uma resposta a novas violações de seu espaço aéreo aumentou as tensões da guerra entre Rússia e Ucrânia e levantou perspectivas de sanções adicionais à indústria petrolífera russa”, observou Daniel Hynes, analista do ANZ.
Tanto o Brent quanto o WTI também atingiram seus níveis mais altos desde 1º de agosto no início desta semana, apoiados por uma queda surpreendente nos estoques semanais de petróleo bruto dos EUA e pelos ataques contínuos da Ucrânia aos ativos de energia russos.
No entanto, alguns ganhos foram atenuados por dados econômicos dos EUA que mostraram um crescimento do PIB a uma taxa anualizada revisada para cima de 3,8% no segundo trimestre, de acordo com o Bureau of Economic Analysis do Departamento de Comércio.
Dados mais fortes do que o esperado podem levar o Federal Reserve (Fed) a ser mais cauteloso em relação a novos cortes de juros. O Fed reduziu as taxas em 25 pontos-base na semana passada, sua primeira redução desde dezembro, com cortes adicionais sinalizados.
“O anúncio do Governo Regional do Curdistão na quinta-feira de que as exportações de petróleo seriam retomadas em 48 horas também pressionou os preços”, acrescentou Hynes.
“As tensões geopolíticas reverteram as perdas anteriores após a assinatura de um acordo histórico para permitir a retomada das exportações do Curdistão iraquiano, que poderiam retornar até 500 kb/d ao mercado global.”
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