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Produção industrial brasileira recua 0,2% em julho e completa 4 meses seguidos sem crescimento

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A produção industrial brasileira registrou retração de 0,2% em julho frente a junho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (03/09). Esse desempenho marca o quarto mês consecutivo sem crescimento no setor, reforçando os sinais de estagnação da atividade.

Na comparação anual, houve avanço de 0,2%. No acumulado de janeiro a julho, a produção industrial cresceu 1,1% frente ao mesmo período de 2023, enquanto no recorte de 12 meses o crescimento é de 1,9%. Os números ficaram em linha com a pesquisa da Reuters, que projetava queda mensal de 0,2% e alta anual de 0,3%.

Entre abril e julho, a indústria acumula perdas de 1,5%. Mesmo com o recuo, o setor ainda se encontra 1,7% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas permanece 15,3% abaixo do recorde histórico de maio de 2011.

A conjuntura atual traz desafios relevantes. A taxa Selic em 15% mantém o crédito caro e limita investimentos e consumo, enquanto a nova política comercial dos Estados Unidos, que desde agosto aplica tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, adiciona mais pressão.

“Em termos conjunturais, destaca-se os efeitos de uma política monetária mais restritiva – que encarece o crédito, eleva a inadimplência e afeta negativamente as decisões de consumo e investimentos. Esses fatores contribuíram para limitar o ritmo de crescimento da produção industrial no período, refletindo-se em resultados mais moderados frente aos meses anteriores”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.

O que puxou a queda

De acordo com o IBGE, 13 das 25 atividades industriais apresentaram retração em julho. O maior impacto negativo veio da metalurgia, que caiu 2,3%. Também contribuíram para o resultado as quedas em outros equipamentos de transporte (-5,3%), impressão e reprodução de gravações (-11,3%), bebidas (-2,2%), manutenção e reparação de máquinas (-3,7%), equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (-2,0%), produtos diversos (-3,5%) e borracha e plástico (-1,0%).

Por outro lado, alguns segmentos tiveram desempenho positivo, como produtos farmoquímicos e farmacêuticos (7,9%), alimentos (1,1%), indústrias extrativas (0,8%) e químicos (1,8%). Também registraram alta coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (0,6%), máquinas e equipamentos (1,2%) e celulose e papel (0,7%).

Entre as grandes categorias, bens de consumo duráveis e bens de capital recuaram, respectivamente, 0,5% e 0,2%. Já bens intermediários avançaram 0,5%, enquanto bens de consumo semi e não duráveis subiram 0,1%.

Diante desse cenário mais desafiador, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revisou suas expectativas. A entidade agora prevê crescimento de 0,9% para a produção industrial em 2025, após avanço estimado em 3,1% neste ano. Para 2026, a projeção é de apenas 0,6%.

Impacto nos mercados

O resultado reforça a percepção de que a atividade industrial segue fragilizada. Esse quadro pode pesar sobre o desempenho das ações ligadas ao setor industrial na bolsa de valores brasileira (BOV:IBOV), além de influenciar a curva de juros futuros (BMF:DI1FUT), que tende a reagir às expectativas em torno da Selic. Já no câmbio, a leitura de fraqueza na indústria pode aumentar a volatilidade do Dólar frente ao Real (FX:USDBRL), especialmente em meio ao cenário internacional mais desafiador.

A divulgação reforça a cautela dos investidores diante do setor industrial, que tem enfrentado entraves para retomar força. Em meio à expectativa de cortes mais lentos na Selic e ao impacto das tarifas norte-americanas, o dado ganha relevância no contexto atual, já que pode influenciar as estratégias de política monetária e fiscal nos próximos meses.

(ibge,reuters)

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