Mineradora fortalece matriz 100% renovável no Brasil com participação de 30% na Aliança Energia; ação VALE3 fechou em queda de 0,26% nesta quinta-feira (18/09).
A Vale (BOV:VALE3) anunciou nesta sexta-feira (19/09) que concluiu a formação da joint venture com a gestora norte-americana Global Infrastructure Partners (GIP) na Aliança Energia, garantindo uma injeção imediata de US$ 1 bilhão em caixa e consolidando sua estratégia de assegurar suprimento energético de longo prazo. Com o fechamento da transação, a mineradora passa a deter 30% de participação, enquanto o GIP assume os 70% restantes.
O acordo engloba ativos estratégicos: o parque solar Sol do Cerrado, a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), outras seis usinas hidrelétricas em Minas Gerais e três parques eólicos distribuídos entre o Rio Grande do Norte e o Ceará. Todos esses empreendimentos reforçam a matriz energética da companhia, que já é 100% baseada em fontes renováveis no Brasil, com contratos em dólares norte-americanos e sem ajuste de inflação — um diferencial em tempos de volatilidade cambial.
Segundo comunicado da mineradora, a transação garante não apenas competitividade de custos, mas também estabilidade no fornecimento de energia em dólar, fator considerado estratégico para as operações globais da Vale.
Marcelo Bacci, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, já havia antecipado em agosto que a conclusão da operação, prevista para o terceiro trimestre, contribuiria para a trajetória de redução da dívida no segundo semestre de 2025.
No pregão desta quinta-feira (18/09), as ações da Vale (VALE3) encerraram o dia em queda de 0,26%, cotadas a R$57,65, após abrirem a R$57,84 e oscilarem entre a mínima de R$57,40 e a máxima de R$58,08. Apesar da leve baixa, o mercado deve avaliar de forma positiva o reforço no caixa e a consolidação da estratégia renovável, fatores que podem dar suporte às cotações no início da próxima semana.
A Vale é uma das maiores mineradoras do mundo, com foco em minério de ferro, níquel e cobre, além de operações logísticas e energéticas. Seus principais concorrentes globais incluem a Rio Tinto (LSE:RIO) e a BHP (ASX:BHP), com presença relevante no mercado de commodities.
Com essa transação, a companhia reafirma sua estratégia de manter disciplina financeira e ao mesmo tempo garantir competitividade no setor de mineração global. Para o investidor, o movimento reforça o posicionamento sustentável da mineradora e abre caminho para novos avanços na redução de custos.
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