
O governo brasileiro realiza nesta quarta-feira (22) o leilão de sete blocos de exploração de petróleo no polígono do pré-sal, em uma nova etapa da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), conduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A sessão pública está marcada para as 10h, na sede da ANP, no Rio de Janeiro, e conta com 15 empresas habilitadas — entre elas a Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR).
As ofertas abrangem áreas nas bacias de Santos e Campos, no litoral do Sudeste, conhecidas por abrigarem grandes reservas de petróleo. Estão em disputa os blocos Esmeralda e Ametista (Bacia de Santos), e Citrino, Itaimbezinho, Ônix, Larimar e Jaspe (Bacia de Campos). A Petrobras já exerceu seu direito de preferência para operar 40% do bloco Jaspe, conforme determina a Lei 12.351/2010 e o Decreto 9.041/2017.
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Entre as 15 companhias habilitadas estão três nacionais — Petrobras, Prio (BOV:PRIO3) e Brava Energia (antiga 3R Petroleum, BOV:RRRP3) — e 12 multinacionais, incluindo BP (Reino Unido), Chevron (EUA), Ecopetrol (Colômbia), Equinor (Noruega), Karoon (Austrália), Petrogal (Portugal), Petronas (Malásia), Qatarenergy (Catar), Shell (Anglo-holandesa), Total Energies (França) e as chinesas Sinopec e CNOOC. As empresas precisaram comprovar capacidade técnica e financeira para participar da concorrência.
No modelo de partilha, o consórcio vencedor não é definido pelo maior bônus de assinatura, mas pela parcela de excedente de produção oferecida à União — ou seja, a fatia do lucro após o pagamento dos custos de extração. Além dessa participação, o governo arrecada tributos, royalties e participação especial. A Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), representa os interesses da União e realiza o leilão do petróleo recebido das empresas. No último certame, em junho de 2025, foram vendidos 74,5 milhões de barris, com arrecadação de cerca de R$ 28 bilhões.
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A Oferta Permanente é hoje o principal instrumento de licitação de blocos exploratórios no Brasil. Segundo a ANP, o formato permite a oferta contínua de áreas, dando às empresas liberdade para estudar dados técnicos e escolher o momento ideal para apresentar propostas. “Essa flexibilidade tem tornado a Oferta Permanente um instrumento essencial para fomentar a competitividade e atratividade do setor no Brasil”, defende a ANP.
Mesmo sendo uma fonte fóssil, a ANP argumenta que a produção no pré-sal faz parte da estratégia de transição para uma economia de baixo carbono. A agência destaca que a exploração brasileira tem menor pegada de carbono que a média global, e que os contratos incluem medidas obrigatórias de redução de emissões e investimentos em pesquisa e inovação, com foco em tecnologias sustentáveis.
O leilão ocorre em meio ao avanço da Petrobras na Margem Equatorial — região ao norte do país considerada o “novo pré-sal”. Dois dias antes, a estatal obteve licença do Ibama para iniciar a perfuração na bacia da Foz do Amazonas, no bloco FZA-M-059, originalmente arrematado pela britânica BP em 2013. Em junho, a ANP também realizou o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC), que resultou na venda de 34 blocos, sendo 19 nessa região promissora.
O resultado do leilão desta quarta-feira (22) deve influenciar as cotações da Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR), especialmente diante do interesse estratégico em manter participação relevante nas operações do pré-sal. A notícia reforça o posicionamento da estatal em consolidar sua liderança na exploração nacional, mesmo em um cenário de transição energética e pressões por diversificação de fontes.
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