Mercado de criptomoedas tem forte realização de lucros com Bitcoin, Ethereum e principais altcoins em queda; ETFs de cripto na B3 acompanham movimento

O mercado de criptomoedas teve uma quinta-feira (09/10) de forte correção, acompanhando um movimento global de realização de lucros após semanas de valorização expressiva. Desde as primeiras horas da manhã, investidores já mostravam apetite reduzido ao risco, e o cenário se consolidou ao longo do dia, com quedas generalizadas entre as principais criptos. O Bitcoin (COIN:BTCUSD) recuou 1,74%, o Ethereum (COIN:ETHUSD) desvalorizou 4,12%, e as altcoins de maior capitalização, como Solana (COIN:SOLUSD) e Cardano (COIN:ADAUSD), também acompanharam o movimento. Os ETFs de cripto negociados na B3, como o HASHDEX Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (BOV:HASH11) e o Hashdex Ethereum (BOV:ETHE11), seguiram o mesmo caminho, refletindo a pressão vendedora global.

O Bitcoin (COIN:BTCUSD) encerrou o dia cotado a US$ 121.220,00, uma queda de US$ 2.141,00 nas últimas 24 horas. A criptomoeda líder chegou a atingir máxima de US$ 123.826,84 e mínima de US$ 119.726,40, com movimentação diária de 2.845,70 BTC. O comportamento foi de baixa constante desde a manhã, quando o ativo operava próximo dos US$ 123 mil, perdendo força conforme aumentava a aversão ao risco global. Apesar da queda, analistas destacam que o movimento está dentro de uma faixa técnica de consolidação e ainda não altera a tendência de médio prazo.

Nos contratos futuros, o Bitcoin Futuro (BMF:BITFUT) para outubro de 2025 (BITV25) também encerrou em baixa, acompanhando o mercado spot. O contrato recuou 1,16%, encerrando o pregão a R$ 657.760,00, após oscilar entre a máxima de R$ 667.980,00 e a mínima de R$ 650.140,00. O volume negociado foi expressivo, somando 778.700 contratos, refletindo ajustes de posições de curto prazo e aumento na demanda por proteção. O desempenho reflete o sentimento mais cauteloso dos investidores da bolsa de valores, que seguem atentos à correlação entre ativos digitais e os juros norte-americanos.

O Ethereum (COIN:ETHUSD) teve desempenho ainda mais fraco, recuando 4,12% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 4.339,88. A segunda maior criptomoeda do mundo registrou máxima de US$ 4.533,80 e mínima de US$ 4.267,04, com movimentação de 54.522,94 ETH. O recuo foi atribuído à maior sensibilidade do Ethereum ao comportamento do mercado de altcoins e à menor liquidez observada no período. Já o Ethereum Futuro (BMF:ETHFUT) com vencimento em outubro de 2025 (ETHV25) destoou do movimento e encerrou em leve alta de 0,88%, cotado a R$ 2.855,00, com todas as negociações do dia ocorrendo nesse patamar fixo — um sinal de estabilidade momentânea no mercado de derivativos.

Entre as altcoins de maior capitalização, o clima também foi de realização. A Solana (COIN:SOLUSD) caiu 4,44%, cotada a US$ 218,84, após atingir máxima de US$ 229,72 e mínima de US$ 217,22. A Cardano (COIN:ADAUSD) recuou 3,64%, para US$ 0,8085, enquanto a Ripple (COIN:XRPUSD) perdeu 2,78%, fechando a US$ 2,80. A Dogecoin (COIN:DOGEUSD) acompanhou o movimento, caindo 3,11% para US$ 0,24758, depois de uma manhã com tímida tentativa de recuperação. O sentimento do mercado altcoin foi de cautela, com investidores reduzindo exposição a tokens de maior volatilidade.

Na bolsa de valores brasileira (B3), os ETFs de criptomoedas também recuaram, refletindo o ajuste global. O HASHDEX Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (BOV:HASH11) caiu 2,03%, encerrando o dia a R$ 91,15, após oscilar entre R$ 90,51 e R$ 92,73. Já o Hashdex Ethereum (BOV:ETHE11) teve queda mais acentuada, de 3,21%, cotado a R$ 67,90, acompanhando a desvalorização do Ethereum no mercado internacional. O ETF QR CME CF Solana Dollar Reference Rate (BOV:QSOL11) também perdeu força, recuando 3,71% e fechando o pregão a R$ 14,52. Os papéis espelham o humor global e reforçam a correlação entre o mercado local e os criptoativos negociados no exterior.

O movimento desta quinta-feira reflete um ajuste natural após fortes ganhos recentes e ocorre em meio à expectativa de novas sinalizações de política monetária dos Estados Unidos, que continuam influenciando o apetite global por ativos de risco. Apesar do recuo, analistas veem o movimento como saudável e ressaltam que o mercado segue com fundamentos sólidos de longo prazo.

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