Christine Lagarde destaca resiliência do BCE e diz que Europa está preparada para novos choques econômicos

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira (16/10), durante participação em um painel do Fundo Monetário Internacional (FMI), que a política monetária da zona do euro está “em boa posição para enfrentar eventuais choques econômicos”. Segundo ela, mesmo diante das recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos, “não houve efeitos de inflação importada” sobre os preços europeus. Lagarde também destacou que “os piores cenários previstos pelo banco central não se materializaram”.

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Em sua análise, a autoridade monetária ressaltou que os riscos relacionados ao mandato de controle da inflação “estão equilibrados”, e que o foco agora deve ser manter “a estabilidade financeira e monetária” na região.

Comentando sobre o comportamento dos mercados, Lagarde reconheceu que “os rendimentos soberanos longos europeus têm se comportado de maneira inesperada, especialmente no de 30 anos”. No entanto, ela observou que “os prêmios de prazo suavizaram consideravelmente desde o acordo comercial com os EUA”, o que tem contribuído para um ambiente financeiro mais previsível.

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A presidente do BCE também afirmou que pretende fortalecer a atratividade da Europa como destino de investimentos estrangeiros, ao mesmo tempo em que busca incentivar a permanência do capital doméstico.

As declarações de Lagarde reforçam a percepção de que o BCE adota uma postura de cautela, mas sem sinais de urgência em promover novos ajustes de juros. Essa visão tende a reduzir a volatilidade dos principais índices europeus, como o DAX (DBI:DAX), o CAC 40 (EU:PX1) e o Euro Stoxx 50 (EU:STOXX50E), além de influenciar o comportamento do euro frente ao dólar norte-americano (FX:EURUSD) e dos rendimentos dos títulos públicos de longo prazo.

No contexto atual do mercado financeiro, as palavras de Lagarde chegam em um momento em que os investidores buscam clareza sobre o rumo da política monetária global. O discurso da presidente do BCE reforça a estabilidade esperada na economia europeia, mesmo diante de tensões comerciais e incertezas externas.

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